Capítulo 42

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20 anos depois...

   Era manhã, o Sol entrava pela janela do meu quarto aquecendo meu corpo. Acordei dolorida, meu cabelo caiu sobre o rosto, respirei fundo exausta com a noite mal dormida.

— Lyanna Dunbar é melhor estar pronta em cinco minutos ou vai ficar sem carona! — Gritou minha mãe do andar de baixo, coloquei os pés no chão e me levantei.

Tropecei em uma pilha de roupas sujas e acabei caindo de cara no chão, resmunguei alguns palavrões e então levantei com a força do ódio e fui até o banheiro. Lavei o rosto e escovei os dentes, joguei as roupas no cesto de roupas sujas e desci as escadas com a mochila pronta para ir pra aula.

— Três dólares no potinho. — Minha mãe disse colocando café em sua caneca, a encarei com surpresa.

— O que? É sério? Mãe! — Estendi os braços, ela esticou o canto dos lábios indicando que aquilo não era discutível, e que ela ouviu com facilidade dos palavrões que resmunguei do meu quarto.

— É melhor limpar aquela bagunça ou vai gastar sua mesada toda pagando por essa boca suja. — Ela apontou e bebeu um gole do café, olhei em volta procurando pelo meu pai.

— Onde ele está?

— Na garagem, nós vamos sair logo então é melhor comer algo. — Disse e deixou a caneca agora vazia sobre a pia e foi até a garagem, abri os armários procurando por algo, peguei um pedaço de carne seca em um pacote aberto e comi, joguei uns pedaços dentro da mochila.

Bebi o leite direto da caixa na frente da geladeira e alcancei uma maçã, joguei dentro da mochila e corri até a garagem, encontrei meus pais se beijando encostados no carro, fiz uma careta.

— Ew, que nojo. — Resmunguei, minha mãe sorriu e abriu a porta do carro.

— Bom dia pra você também. — Meu pai disse, estiquei os lábios sem graça e entrei no banco de trás.

Me encostei e coloquei meus fones, só de pensar que teria que enfrentar mais uma semana de aulas cansativas e sem sentido ficava cada vez mais entendiada.

— Querida, o seu pai me disse que você não está mais correndo. — Minha mãe puxou assunto, tirei um dos fones e a encarei. — Sabe que as aulas extracurriculares são muito boas pra sua ficha não é?

— Eu não curto correr mãe. Sou péssima em tudo, não sou você.

— Isso não é verdade, você tira notas boas até demais. Eu não era tão boa em química e economia quanto você na época da escola. — Dizia, encarei a estrada, o olhar distanciando cada vez mais.

— É. Eu preferia ser popular igual você era. — Resmunguei, de repente minha mãe freou, meu rosto foi para frente tão rápido que bati no banco. — Ai.

— Fugindo da aula outra vez? — Ela dizia boquiaberta, ouvi a porta do carro se abrir, não estávamos atrasados?

— Meu filho tem uma leve obsessão por esse maldito jeep. — Era a voz de Derek Hale, o que só significava uma coisa... Eli. Olhei pelo espelho retrovisor do carro, avistei o garoto atrás do carro com as mãos na cintura e o cabelo bagunçado caindo no rosto.

Mordi os lábios e deixei meu corpo escorregar pelo banco até quase sumir completamente, meu pai percebeu e então sorriu. Minha mãe apenas prolongava o meu sofrimento enquanto conversava com Derek, o xerife Stilinski e Mason, um de seus amigos que também era policial, e a conhecia desde a época da escola.

— Vamos nos atrasar. — Sussurrei para o meu pai, ele estava distraído olhando o celular.

— É a sua mãe, nós vamos no tempo dela. — Disse sem desviar o olhar, parecia algo importante.

A Maldição do Lobo, Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora