— O que? Não. Seus pais vão me matar! — Eli tentou abrir a porta, segurei seu braço.
— Sabe que eu mesma posso fazer isso né? — O encarei com seriedade, ele engoliu em seco. — É brincadeira, só dirige.
Eli ligou o carro e começou a dirigir, senti que havia o deixado levemente preocupado com a ameaça. Ficamos quietos pelo resto do percurso até o ferro-velho dos Hale, Eli estacionou o carro, descemos e seguimos até o armazém para deixar a chave.
— Não quis te deixar assustado. — Sussurrei, ele me encarou e então concordou.
— Claro, eu sei, não deixou.
— Eli. — Cruzei os braços, ele se deu conta de que eu conseguia farejar os seus sentimentos.
— Ah é. Desculpa eu só... fiquei nervoso. — O garoto respondeu coçando a nuca, dei de ombros.
— Não precisa se desculpar.
— Tem razão. Des- ta. — Ele sorriu sem jeito, olhei em volta.
— Então, vai pra casa? — Perguntei, o garoto deu de ombros. — Mais cedo você conseguiu usar sua visão noturna, como? Consegue controlar?
— Na verdade consegui porque estava com você.
— Comigo? Só consegue usar suas habilidades quando está comigo? — Franzi o cenho, ele parecia sem jeito.
— É o que parece. — Deu de ombros, olhei em volta e então peguei algo em cima da escrivaninha no meio do cômodo. Era uma bola de beisebol. — O que está fazendo?
Arremessei a bola com agilidade, ele de encolheu e acabou levando uma bolada no ombro. Corri até ele e toquei seu ombro, a bola havia deixado um hematoma roxo.
— Por que fez isso?! — O garoto gritou assustado, fiquei sem reação.
— E-eu pensei que ia desviar, era pra ter certeza. — Toquei o hematoma, ele resmungou, torci os lábios. — Desculpe.
O encarei, logo percebi que nossos rostos estavam muito próximos, meus olhos se iluminaram e os de Eli também. O hematoma curou rapidamente, mas estava tão hipnotizada que sequer percebi.
— Já curou. — Ele sussurrou também vidrado em meus olhos, sentir sua respiração tão perto fazia meu coração disparar, queria poder beijá-lo agora mesmo. — Ual. Seu coração.
— Desculpe. — Recuei, ele jogou o cabelo para trás recuperando o fôlego.
— Olha. Lya. É que...
Eu estava paralisada, avistei um semblante passar pela janela do lado de fora, Eli olhou para trás confuso. O puxei até o outro cômodo e nos escondemos, era um closet de documentos tão apertado que com certeza fora feito para apenas uma pessoa. Engoli em seco enquanto tentava espiar pela fresta da persiana, Eli me puxou para trás.
— Espera.
— Fica quieta. — Sussurrou, o cheiro era o mesmo da pessoa que nos perseguiu no boliche, mas desta vez ele levantou uma arma e a destravou.
Meus olhos brilharam diante do reflexo da luz que atravessava a fresta da persiana, Eli virou-se pra mim e me abraçou na tentativa de me proteger. Seja lá o que estivesse atrás de nós, dava medo só de imaginar, eram como fantasmas sombrios, tão frios que faziam meu corpo estremecer.
— Saiam. Os dois. — Uma voz conhecida veio de trás de Eli, mas agora, sua presença era calorosa e diferente da anterior.
Quando nos viramos, nos deparamos com Derek Hale, ele estava preocupado e levemente decepcionado.
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A MALDIÇÃO DO LOBO, Teen Wolf
Fanfiction༄Teen Wolf (EM HIATUS) ❝ Quando Alycia McCall perde sua mãe em um trágico acidente, é obrigada a morar com seu pai e conhecer sua outra família, e seu meio-irmão super protetor. Ela só não fazia ideia que o mais velho estava apenas a protegendo d...