Capítulo 24

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   Quando acordei estava frio e escuro, havia uma porta de metal em cima de mim, me arrastei até ela e comecei a bater até me soltar e cair no chão do hospital. Era o quarto em que a Hayden estava, mas havia só uma maca ensanguentada no centro da sala.

— Oi? Melissa?! — Chamei, engoli em seco e me abracei.

Estava tudo tão quieto, corri até a porta, quando abri estava na escola. Os corredores estavam vazios, caminhei por eles até o meu armário, os sons eram como se estivessem lá mas não estavam.

— Quer ajuda?

— Não precisa.

— Eu já fui novata também, se precisar de alguma coisa é só me procurar.

— Allison? — Disse para mim mesma, a voz era bem fácil de reconhecer.

Corri na direção em que a garota foi, procurando por ela. De repente não estava mais na escola, estava em uma cena de crime.

— O que estão fazendo aqui? — Era a voz do meu pai, me lembrei daquele dia rapidamente.

— Meus parabéns Scott, você tem uma irmãzinha. — Stiles disse.

— Não me chama assim.

— Mas que merda. — Comecei a correr na direção oposta, procurando por algo ou alguém.

De repente estava em casa, mas não na casa de Beacon, estava na minha antiga casa. Uma música calma e ao mesmo tempo animada tocava ao fundo da sala de jantar, bem no centro da mesa havia um frango enorme e dourado, batatas flambadas, cenouras, entre outros alimentos.

— Aly você lavou as mãos? Estava jogando futebol. — Era a voz doce e repreenciva da minha mãe.

— Eu to morrendo de fome. — Peguei uma batata com as mãos, mesmo suja e comi.

— Vai lavar as mãos monstrinha, eu coloco comida pra você. — Ela disse, pulei da cadeira e corri até a pia enquanto minha mãe me servia.

Sentei-me na mesa, diante de toda a comida, pela primeira vez não senti fome, ao invés disso senti um embrulho no estômago.

— Onde estão minhas meninas? — Era a voz do meu pai, corri até ele e o abracei.

— Pai!

— Como foi no trabalho? — Minha mãe perguntou.

— Tudo bem, o mesmo de sempre.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, toda aquela informação, todas as lembranças vinham à tona como um soco no meu peito. Limpei as lágrimas no meu rosto com força, e deixei a casa, para a minha sorte o carro do meu pai estava materializado bem na minha frente. Corri até o mesmo e abri a porta, entrei no carro e me preparei para dirigir e então congelei.

— Vamos Aly. Você consegue. — Disse à mim mesma, segurando o volante com desconforto.

Liguei o carro e comecei a dirigir, as ruas estavam vazias, tudo parecia tão abandonado e solitário. De repente começou a chover, a estava foi ficando escorregadia... eu já sabia que rumo as memórias estavam tomando.

— Mamãe podemos trocar?

— Estamos no meio da estrada querida, apenas dirija com calma está tudo bem. — Ela colocou a mão sobre a minha, engoli em seco.

Freei o carro com força fazendo o veículo deslizar rapidamente pela estrada, ouvi o som do carro batendo e então apaguei. O cheiro de gasolina forte caía no meu rosto, o carro estava de cabeça pra baixo e o sangue escorrendo por um corte na minha cabeça. Senti meu corpo sendo puxado para fora do carro, vi o semblante de uma mulher mas ainda não conseguia ver nitidamente.

A Maldição do Lobo, Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora