Boa noite!
Aviso: Eu tive que excluir esse capítulo e respostar porque o Wattpad deixou ele fora de ordem e não consegui resolver. Então quem já leu apenas ignore e siga para o próximo que vou postar daqui a pouco 😅
AlexanderEstava inquieto, não conseguia ficar parado por um único segundo desde que fui colocado nessa jaula. Porque era assim que eu me sentia, a porra de um animal enjaulado.
Eu queria agir como um, queria grudar nessas grades e sacudi-las como se minha força fosse o suficiente para rompê-las e sair. Mas evidentemente isso não funcionaria, então a única escolha que tenho é andar em círculos nesse espaço reduzido, apertado e vazio.
É uma delegacia pequena e temporária, os presidiários ficam aqui por pouco tempo até serem enviados à capital para aguardar uma sentença, mesmo não sendo usado com frequência, o cheiro de morte e urina predominava no ambiente. Não se passou um dia completo e eu já me sentia sujo.
Qual a chance de eu não perder minha sanidade aqui?
Eu não nasci pra viver preso e ficar parado, eu sou do vento, do mar, da natureza, da liberdade.
Principalmente porque sei que não fiz algo justificável para estar aqui.
Nesse tempo que estou aqui tudo que fiz foi tentar juntar as peças desse quebra cabeça e tentar encontrar o motivo que me fez ser detido, mas não cheguei a nenhuma conclusão.
Magnus e seu advogado aparecerem algumas horas atrás e me informaram que estava sendo indiciado por estupro. Estupro de uma mulher que é ninguém mais ninguém menos que Lydia, filha de Henry, o prefeito e dono de Pontal D'Areia.
A mínima esperança que tive de conseguir provar minha inocência e sair daqui foi embora tão rápido quanto chegou. Não existia possibilidade de conseguir provar minha inocência, ninguém acreditaria em mim ou iria contra Henry.
Meu tio que, por acaso, é o delegado, não me deu um único olhar desde que entrei aqui, não era pra menos, quem me olharia depois do porquê estou sendo acusado.
No entanto, sabia que com Benedict não era só isso, ele simplesmente não se importava comigo ou com ninguém ao redor. O cara se negou a ir no enterro do próprio irmão, porque se importaria com um sobrinho que aparentemente descobriu ser um criminoso.
Não queria sua ajuda ou sua pena, nunca precisei dele, não vai ser agora que vou. Aquele seu olhar de "eu sabia que você acabaria aqui" foi o necessário pra mim.
Eu odeio esse olhar de pena e nojo sobre mim, vivi por anos tentando conseguir o respeito das pessoas nessa cidade pra me rebaixar por tão pouco agora.
Esse foi um dos motivos que admitir minha sexualidade na frente de Magnus e seu advogado foi tão difícil. Eu simplesmente não gostava de me sentir vulnerável e aquele olhar de asco sobre mim por algo que não posso mudar e não tive escolha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Depois da Tempestade
FanfictionMagnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...