Magnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...
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Magnus
Chegamos em casa para buscar minhas malas e avisar meu pai sobre a viagem, planejei falar com ele durante a manhã, mas ele já havia saído para resolver algumas coisas sobre sua marcenaria. Queria ter arrumado um tempo para ir atrás disso com ele, vou me programar para fazer isso depois da viagem.
Não é como se fosse tirar meus olhos dele só porque está bem o suficiente para trabalhar. Foram anos lidando com o câncer para saber que meu pai estar bem sem nenhuma aparição de tumor por enquanto, definitivamente não é garantia de nada. Ele pode surgir a qualquer momento como uma avalanche destruindo nossas vidas como se nunca tivesse nos deixado.
Embora estivesse realmente feliz por ele estar tão empenhado em algo novo, fazia anos que não o via tão contente e radiante. Meu pai está certo, ele não é velho e não deveria ficar trancado em casa quando podia fazer o que realmente gostava, tem muito anos pela frente até que isso um dia venha acontecer, e de qualquer forma sempre estaremos juntos, vou estar do seu lado para o que ele precisar.
A primeira imagem que vi quando entrei na sala foi Clary sentada na mesa de jantar com os olhos fixos em uma tela de notebook e muitos livros espalhados pelo restante da mesa.
— Olá biscoito. — a cumprimentei e me inclinei para um beijo na sua bochecha.
— Olá – ela disse concentrada sem desviar os olhos do que quer que esteja fazendo.
— Trabalhando?
Ela acenou com a cabeça.
— Estou tentando montar um projeto para a clínica de câncer para apresentar a Lilith.
— Então você decidiu ficar? – Disse sorrindo e empolgado esperando que a resposta fosse sim.
Não quero Clary longe. Sempre fomos nós dois desde que a conheci no jardim de infância, então mesmo que agora eu estivesse com a cabeça ocupada com outras coisas, gosto de saber que ela vai estar por aqui para quando precisarmos um do outro.
Talvez ela não precise de mim, mas eu preciso muito dela.
— Não exatamente… – ela sussurrou.
Me levantei emburrado, vi Jace e Alec entrarem conversando, não sei de onde tiravam tanto assunto.
Me coloquei na frente de Clary de modo protetor quando Jace disparou seus olhos procurando por ela.
Ela certamente não precisava da minha defesa, Clary sabia lidar com os homens melhor do que eu. Mas se ele a magoou, automaticamente já não confio mais nele perto dela.
Por mais que ela tentasse se manter fria, a conhecia melhor do que ninguém para saber que estava envolvida com Jace e o que quer que tenha acontecido entre os dois a deixou profundamente magoada, eles não se desgrudaram por um segundo desde que Clary chegou aqui, então óbvio que ela estava sentindo.
