Boa noite 🥰
Voltei só pra acalmar o coração de vocês, agora talvez demore alguns dias.
Magnus
Imasu voltou um tempo depois, parecia mais calmo, aquele sorriso meigo disparado na minha direção toda vez que me olhava, estava de volta pelo menos.
Ele segurou meu braço, tentei me afastar do seu toque, mesmo que estivesse mais calmo, não estava com tanta paciência comigo, fincou seus dedos no meu pulso e soltou a algema da minha mão.
Me sentei com meus joelhos encolhidos abraçando meu próprio corpo como se isso pudesse evitar alguma coisa, enquanto meus olhos o acompanhavam seus movimentos pelo quarto. Ele recolheu toda a decoração da mesa e as louças do jantar que não existiu, e, em seguida, depositou uma bandeja sobre o colchão.
Sem me dizer uma única palavra, me olhou por alguns minutos antes de resmungar e sair do quarto novamente, em um silêncio absoluto. Não saberia dizer se isso era bom ou ruim. Estava sendo ótimo não poder ouvir sua voz, mas o que isso queria dizer? Que porra estaria passando da cabeça dele?
Continuei encarando a bandeja não sei dizer bem quanto tempo, meu estômago roncava de fome, a última refeição que fiz foi durante a tarde do dia anterior, no entanto não iria arriscar comer essa comida. Não tenho certeza se Imasu não colocou algum tipo de substância nela, não posso confiar em nada que venha desse homem. Morreria de fome se fosse preciso, mas não aceitaria nada vindo dele.
Ignorando a minha fome e a comida à minha frente, comecei a revirar todo o quarto, assim como o banheiro, procurando por alguma coisa que pudesse me ajudar a sair daqui. Certamente foi uma perda de tempo, não que eu tivesse muito o que fazer, mas foi inútil já que Imasu deve ter preparado este lugar cuidadosamente para que eu não pudesse escapar.
Fui até a porta de saída do quarto, ela ainda estava aberta. Fiz o mesmo por ali, procurei por alguma coisa, que nem eu sabia o quê, que me ajudasse de alguma maneira. É surpreendente dizer que não achei nada?
Estava no último andar do prédio e não havia absolutamente nada, nem mesmo um extintor de incêndio para que eu pudesse acertar a cabeça de Imasu, apagá-lo e conseguir o cartão para abrir a porra porta.
Analisei a porta principal, ela é de metal alta e larga, não tem nenhum tipo de fechadura. Ou é aberta através de digital, ou um cartão magnético. Ou seja, estava preso nesse lugar com esse homem para sempre. Poderia pensar, quebrar minha cabeça o quanto quisesse, mas não teria como sair daqui.
Bom, até tinha, se eu pulasse do prédio, contudo não sou suicida.
Chutei a porta com toda minha força, de tanta raiva que estava sentindo, e por estar sendo tão incapaz.
Me sentei encostado a uma parede e observei o céu noturno sem estrelas. Gostava disso em Pontal, em qualquer lugar que estivéssemos era possível ver as estrelas, por aqui não vi uma única desde que eu e Alexander chegamos.
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Depois da Tempestade
FanficMagnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...