Boa tarde amores!

Magnus
Logo que Alec saiu da minha sala, Imasu me levou para andar pela cidade. Ele tinha me mandado uma mensagem me fazendo o convite para um café da tarde assim que saí do cais.
Eu não deveria ter aceito, não estava muito bem humorado com Imasu para isso. Ele tinha algumas atitudes que eu não aprovava nenhum um pouco, mas o Capitão me tirou do sério e quando vi já estava aceitando o convite.
Imasu não é um homem ruim, ele me trata tão bem, se importa comigo, faz questão de estar ao meu lado. Eu tinha tudo para me interessar por ele, mas por algum motivo nada disso me atraia.
Pode ser que eu mesmo tenha imposto alguns limites, realmente caras esnobes e soberbos não chamam muito minha atenção e Imasu tinha muito disso. Mas eu queria me interessar por ele o mínimo que seja, se isso acontecesse talvez eu pudesse tirar Alexander da minha cabeça.
Ciúmes, eu não estava com ciúmes. Aquilo no cais só foi… eu não sei o que aquilo foi.
Às vezes eu penso que o que aconteceu no barco foi apenas ilusão da minha cabeça, Alec já tinha totalmente superado e é como se nem tivesse acontecido. Deve ter se arrependido ou sido alucinação causada pela dor e os analgésicos, não tinha significado nada para ele, e acho que isso que estava me machucando, de alguma forma eu queria que ele tivesse sentido pelo menos um pouco do que senti.
Porquê ele lembraria de mim, ele tem um namorado ou seja lá o que aquele homem for de Alexander, ele já tem alguém.
— Magnus… – ouvi Imasu chamar quando minha mente voltou à realidade.
— Sim – respondi um pouco aéreo ao redor.
Ele apertou os olhos e me encarou por um tempo, como se tivesse entrando na minha mente e descobri o motivo de estar distante.
— Você não estava me escutando, estava? – me movimentei trocando o peso do meu corpo entre um pé e o outro.
— Desculpe – pedi.
Ele maneou as mãos dispensando minhas desculpas.
— Chegamos na sua casa – ele apontou com a mão para a porta, olhei para o lado e só agora percebi, eu estava distraído o caminho todo. — Posso te buscar amanhã, queria te levar para almoçar em um ótimo restaurante por aqui.
— Hm, amanhã eu combinei de almoçar com meu pai – mentira. Eu deveria aceitar, porque estava arrumando uma desculpa? — Marcamos outro dia, tudo bem?
Ele me olhou como se estivesse buscando pela verdade, acho que minha voz baixa não transpareceu muita confiança do que aconteceria.
— Tudo bem – ele disse — Até amanhã Magnus – ele inclinou para frente e tocou meus lábios com os seus, eu dei alguns passos para trás imediatamente.
— Imasu, o que foi isso? – perguntei alto e levei as costas da minha mão à boca.
— Foi um beijo – ele disse gaguejando.
— Eu não quis um beijo, em que momento eu dei a entender que queria?
— Eu só achei…
— Você sempre acha muita coisa. – o cortei e andei até a porta de casa quase a derrubando no processo.
Eu não quis o beijo, eu não tinha nem pensado nisso. No entanto fiquei procurando pelo arrepio na minha pele, pelas malditas borboletas no estômago e elas não deram nem sinal de presença. Droga.
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Depois da Tempestade
Hayran KurguMagnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...