Magnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...
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Alexander
Eu deveria estar a uma hora atrás no escritório de Magnus indo buscá-lo depois do expediente, tínhamos combinado de ir até a cidade jantar e logo depois para o meu barco, o convidei para passar a noite comigo. Quando chegasse a Netuno, provavelmente vou escutar um sermão de horas a fio do meu garoto reclamão por eu ter chego atrasado, e agora, no entanto, me atrasaria um pouco mais.
Estou na porta da doceria de Izzy esperando pacientemente ela atender uma senhora, sua última cliente, visto que já passou do horário dela fechar a loja, para poder entrar e conversar com ela.
Não estava exatamente nos meus planos fazer isso hoje, contudo ao passar na frente da loja e ver ela vestida com um avental rosa e uma touca da mesma cor estampada com cupcakes na cabeça, não pude resistir. Estava com saudades, normalmente eu sempre passava para lhe dar um beijo e jogar um pouco de conversa fora, foi estranho não fazer isso, e já faz uma semana que voltei de viagem com Magnus e estou estendendo essa conversa com Isabelle.
A senhora olhou para cima e sorriu ao passar do meu lado. Não fazia ideia de quem era, mas se tratando de Pontal não fazia grande diferença, aqui todo mundo conhecia todo mundo.
Entrei na loja já erguendo as cadeiras vazias das poucas mesas que cabiam ali, como normalmente faria. Ela já tinha notado minha presença, podia sentir seus olhos me encarando de trás do balcão, estava aguardando que ela viesse até mim e iniciasse uma conversa, ela quem me devia desculpas e tentar reverter o que foi feito, só resolvi dar o primeiro passo vindo até aqui porque Izzy sempre respeitaria o meu espaço de não querer conversa e só faria alguma coisa se eu indicasse que estava pronto.
— Voltou das suas férias? – ela perguntou de trás de mim, a olhei por cima dos ombros, estava digitando na calculadora fechando o caixa.
Tenho absoluta certeza que ela sabia que eu já tinha voltado a algum tempo, Simon deve ter dito a ela que Magnus estava de volta a empresa.
— Foi muito pouco tempo para ser denominado com férias, diria que foi uma folga.
Terminei com as cadeiras e fui até onde ela estava, esperando que ela concluísse seu trabalho.
— Você está esperando que te peça desculpas, não está? – perguntou erguendo uma das sobrancelhas, tão parecida com Maryse.
— Obviamente.
— Você sabe que estou, e não estou dizendo isso porque quero que você volte a ser meu irmão…
— Nunca deixei de ser.
— Porque não tem essa opção – ela disse rindo — Eu vou me desculpar com Magnus também, eu sei que estava errada Alexander, mas você não pode me julgar. Se eu tivesse te perdido… – ela fechou os olhos e suspirou como se a mera menção disso a tivesse machucado fisicamente — Se você também tivesse morrido…
