Magnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...
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Alexander
Despertei com pequenos flashes de luz invadindo o quarto pela janela e uma neblina deixando minha pele arrepiada. Não tenho um sono pesado normalmente e por ter dormido até tarde no dia anterior acordei com facilidade.
Levantei-me e fui até o banheiro esvaziar minha bexiga dolorida, lavei as mão na pia e aproveitei para lavar meu rosto e escovar meus dentes.
Me sentei em uma poltrona próxima a janela do meu quarto e me recostei, observei por um longo tempo minha cama. Magnus ainda estava ali entre meus lençóis dormindo serenamente agarrado ao meu travesseiro abandonado.
Sorri ao me lembrar da inusitada noite passada. Em como a minha boca foi parar na de Magnus, ele nos meus braços e logo em seguida na minha cama.
Em como a raiva enérgica foi substituída pelo desejo e êxtase incontrolável. Não parei pra pensar no que estava fazendo, Magnus me tirou do sério e sabia que um beijo o calaria, mas a forma que ele imediatamente deslizou sua língua entrelaçando na minha e se esfregou no meu corpo, eu não esperava que ele corresponderia e se entregaria tão subitamente e, mesmo que quisesse não conseguiria parar.
Ele gemendo meu nome enquanto minhas mãos varriam seu corpo e se concentrava em estimular e dar atenção a cada pedaço da sua pele, foi mais incrível que nos meus sonhos. Ele foi além de tudo que imaginei, e isso era terrível.
Sim, terrível. De tantos caras para me atrair dessa forma ele tinha que ser Magnus? O garoto mais irritante, insuportável e mandão que eu já vi na vida?
Não foi algo usual de uma única noite em uma situação de descontrole, pelo menos para mim não, eu jamais a esqueceria. Eu não queria que aquela noite acabasse, o tempo poderia parar milagrosamente ou ela poderia se repetir várias e várias vezes.
Mas o conhecendo, para ele não vai ser assim, eu vi a confusão percorrendo constantemente sua mente e ansiava saber qual seria sua reação quando acordasse e percebesse o que aconteceu, como ele lidaria com isso. Como eu lidaria com isso?
Esfreguei minhas mãos nos meus cabelos e me levantei da poltrona indo até a janela e encarando o mar.
Porque ele me fazia ficar assim, tão confuso e desconcertado. Eu não sou assim, eu sempre penso muito bem antes de tomar qualquer atitude, mas com ele eu estava sendo impulsivo e imprudente.
Magnus chegou mudando tudo e deixando minha vida completamente de cabeça para baixo. Porque ele foi o escolhido para ser minha primeira paixão?
Ri soprado. Paixão, como eu posso admitir isso tão facilmente assim?
Entretanto, não existia outra palavra que pudesse definir o que isso é.
Paixão: Sentimento intenso que tem a capacidade de alterar o comportamento, o pensamento; amor, ódio, desejo.
