Capítulo 38

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Boa noite gente!

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Magnus 

Cheguei em casa e arrastei meu corpo cansado para o banheiro, fiquei por longos minutos acabando com a água do mundo em um banho quente e relaxante, me encharcando com meus sabonetes caros e extremamente perfumados que havia um bom tempo em que não os usava. Para ficar perfeito, uma banheira é tudo que faltava nesse banheiro, é tão estranho que os banheiros no Brasil não tenham banheiras adaptadas nas casas.

Queria Alexander aqui comigo, mas estava satisfeito e aliviado por saber que ele estava bem, e de qualquer forma está com sua irmã, sua família, é onde ele realmente deveria estar. 

Me troquei rapidamente, já estava um pouco tarde da noite, mas precisava comer alguma coisa antes de recuperar meu sono atrasado de quatro dias ou mais, não sei exatamente. Agora que tudo estava mais calmo, meu corpo estava começando a reagir, e na altura dos 26 anos sinto como se tivesse 80. 

Encontrei Clary na cozinha, seu cabelo cor de chamas enrolado em coque preguiçoso que estava quase se desfazendo e caindo nos ombros, mexendo no fogão com uma mão e uma xícara, que com certeza era de chá, na outra. 

Clary é a única médica no mundo que não gosta de café, a maioria das pessoas só enfrentam o dia depois de uma boa dose, ela é a única que não depende da cafeína para sobreviver. Clary é estranha. 

Como se sentisse minha presença se virou na minha direção com um sorriso que na minha concepção pareceu um tanto quanto forçado, e Clary nunca sorria forçado para mim, nunca. 

— Oi. Achei que estava com Alexander. 

Arrastei o banco em frente ao balcão de mármore e me sentei apoiando meu braços e deitando minha cabeça no antebraço. Clary deslizou uma xícara de chá na minha direção. 

— Ele está com a irmã – disse movendo o sachê de chá pela cordinha observando o redemoinho que se formava no líquido.

— Não achei que iria desgrudar dele depois de… tudo. 

— É eu também achei que não – Clary colocou um prato na minha frente, minha boca salivou ao ver o queijo escorrendo pela borda do pão, me deu tanta saudade de Nova York. Queijo quente e chá era minha receita calmante e o que fazia com que me sentisse em casa, acho que ela pensava da mesma forma e estava tentando ter essa sensação — E você e Jace? O que aconteceu, porque estavam discutindo mais cedo? 

Clary se sentou do meu lado e começou a comer, sem me responder. 

Não ia deixar isso passar, eu estava negligenciando minha amizade com Clary, tinha consciência disso. Aconteceram tantas coisas em tão pouco tempo que eu mal tive chances de me sentar com ela e nos atualizarmos sobre nossas vidas. Ela sabia o mínimo sobre mim e eu o mínimo sobre ela, nunca foi assim, era sempre o oposto, na maioria das vezes faltava coisas para contar porque sabíamos tudo sempre sobre o outro. 

Depois da TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora