Olá, boa noite amores 💕
Magnus
Enfiei a chave na maçaneta da porta a girando cuidadosamente na intenção de não fazer nenhum barulho e ser pego no flagra, ao empurrar, a porta e fez um rangido, retirei meus sapatos e pisei com a ponta dos pés, sentindo o piso frio congelar meus dedos.
Quando estava chegando próximo a escada, ouvi um pigarro atrás de mim, xinguei todos os palavrões possíveis mentalmente, estava quase lá, ontinuei olhando o topo da escada, tão pouco.
— Pai – eu disse assim que me virei. Ele estava com os braços cruzados e uma xícara que imaginei ser de chá em uma das mãos, sua sobrancelha arqueada e um sorriso zombeteiro no rosto.
Eu quis rir da situação que me encontrava chegando tarde da noite se esquivando dentro de casa como um adolescente rebelde, por Deus, eu tinha 26 anos, não é como se não pudesse sair e voltar quando quisesse sem ter que dar satisfação para meu pai, e pela diversão no rosto tenho certeza que ele estava pensando o mesmo.
— Aprontando menino Bane – ele falou depois de algum tempo em silêncio, do mesmo modo que fazia em uma época passada quando eu realmente aprontava.
Lambi os lábios secos sem saber exatamente o que responder, eu não estava aprontando. Entretanto, sempre compartilhei tudo, cada segundo do meu dia com meu pai, isso não deveria ter mudado e o fato de eu quase não conversar com ele ultimamente e não passar um tempo com ele o fez achar que eu realmente estava escondendo coisas, e eu estava. Muitas coisas as quais eu não sei se estava pronto pra dizer.
— Não… – cantarolei, ainda pensando em uma resposta boa o suficiente para que ele me liberasse. Já tinha me arrependido das taças de vinho que tomei junto com Alec antes de decidir, a contra gosto, vir embora.
— Ok, você não vai me dizer não é?
Permaneci em silêncio, a culpa me invadindo por dentro.
— O quê está havendo Magnus, você está usando drogas? – eu engasguei com minha própria saliva. Jesus.
— Pai pelo amor de Deus. Não! – disse alto com meus olhos arregalados.
— Onde esteve por esses dois dias? Pelo que saiba você nem conhece tantas pessoas por aqui. Com Imasu não foi porque ele estava procurando por você. – Sim, um bom lembrete para matar Clary por ter lhe dado a informação de onde eu estava. — E essas roupas que não são suas, e, os hematomas nos seu pescoço querem me dizer alguma coisa.
— Eu estava com Alexander, pai – fechei os olhos e disse logo de uma vez.
— Alexander? O pescador, o capitão? – ele disse sorridente demais, fiz uma careta.
— Sim, ele mesmo. – respondi, deixei meus ombros caírem. Tirei a xícara de chá da sua mão e bebi um gole, o chá estava frio, mas esperava que a camomila me deixasse menos aéreo e cortasse o efeito do vinho de mais cedo. Fui até o sofá e me sentei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Depois da Tempestade
FanficMagnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...