Magnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...
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Alexander
Deus estava me olhando com um pouco de mais amor hoje. Por um milagre inexplicável, Magnus não parecia nada chateado comigo pelo meu excesso de raiva, e era óbvio que ele não ficou nada contente quando eu explodi com Maryse e sai batendo o pé de volta para a igreja como uma criança teimosa. Pude ver pelo jeito que me olhou.
Quando me encontrou largado no banco da igreja encarando o teto, só me olhou com aquela sua sobrancelhas arqueada deixando claro que teríamos uma conversa mais tarde, já estava habituado a todas suas expressões para saber que ele não ter dito naquele momento, não significa absolutamente nada, ele me encheria de questionamento e sermões depois.
E ele não estava errado, eu já estava arrependido da minha atitude, não por ela, nunca. Mas sim por Magnus, hoje era o nosso dia, o mais especial de todos, não queria que aquela mulher estragasse, queria que fosse tudo perfeito em cada detalhe para ele, contudo Maryse tinha que dar seu último golpe.
Estava tentando não pensar em Isabelle que estava agora com Kiah no colo andando pelo salão a exibindo para as pessoas, era óbvio que tudo isso foi culpa dela, ela quem convidou Maryse para o meu casamento, mais uma vez sem a minha permissão. Izzy pode querer manter Maryse em sua vida, mas isso não quer dizer que eu também deva fazer, porra, a vida é minha e eu ainda tenho uma escolha.
Dividimos o mesmo sangue, no entanto somos pessoas completamente opostas, não tenho coração mole como ela, nem mesmo esqueço as coisas com facilidade. Podem ter se passado anos, mas o rosto de tristeza e decepção do papai ainda está muito nítido na minha memória, e não só o que Maryse fez com ele que ainda me assombra… ela se esqueceu que tinha dois filhos, como poderia perdoar isso tão facilmente?
Olho para as minhas meninas, lindas naquele vestido cor de rosa, com seu rosto redondo com suas bochechas vermelhas, e tenho absoluta certeza que jamais faria isso, nunca abriria mão delas, por nada nesse mundo, nem mesmo por Magnus. Nada garante que nosso casamento será perfeito, nem espero que seja, somos muito diferentes em vários aspectos, e caso um dia isso venha a não dar mais certo por diversos motivos que possam surgir ao longo da nossa vida, deixá-las nunca vai ser uma opção. Kiah e Marina estão ligadas a mim por um elo impossível de ser desfeito, não importa o que aconteça.
Me nego a deixar Maryse se aproximar só porque a consciência bateu na porta e ela decidiu ser mãe de última hora.
Nunca gostei de abraços, e a essa altura da noite já estava farto de forçar um sorriso no rosto e receber aperto de mãos e felicitações pelo casamento. Tudo que eu quero é estar sentado à mesa com a família de Magnus e minhas meninas, enchendo um pouco a cara e empoleirado em Magnus.
Em questão de segundos a fila de comprimentos acabou e Magnus já havia desaparecido do meu lado, girei os olhos pelo salão, então o encontrei próximo a porta de entrada com James, o delegado. Não é possível.
