Magnus Bane é um jovem forte, persuasivo, seguro de si e de valores inestimáveis, que trabalha como recepcionista em um hotel, do qual é despedido quando denuncia o importante empresário contra uma tentativa de abuso sexual de uma empregada, mas alé...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Magnus
Não sei dizer com detalhes do que aconteceu depois que passei pela porta da empacotadora, tudo que me recordo é que Imasu me levou para sua casa e me colocou em uma dos seus quartos de hóspedes, ele quis permanecer no quarto e lembro de ter ouvido ele chamar por mim algumas vezes e me fazer algumas perguntas ao qual ele não obteve resposta, não estava consciente para respondê-las, meu corpo estava ali, mas minha mente a milhares a distância.
Como não respondi ele acabou me deixando sozinho, e era o que eu mais gostaria neste momento. Na verdade eu queria sequer existir, nunca imaginei que um dia sentiria isso, sempre amei muito minha vida, mesmo que ela não tivesse sido fáceis na maioria das vezes, porque eu pensava: "Problemas todos temos, não vai ser isso que vai me fazer desanimar ou desistir" – mas olha só eu aqui agora pela primeira vez desejando mais do que tudo não sentir nada.
Imasu apareceu novamente durante a manhã me levando um café da manhã, eu ainda estava parado em frente a janela de vidro do quarto encarando a piscina abaixo, não me movi um centímetro desde quando cheguei na noite passada. O jantar que uma das suas funcionárias me trouxe tarde da noite ainda estava intocado, não tive coragem nem mesmo de abrir a boca e agradecer a mulher, não estava bem preocupado em ser educado.
Meu celular não parou por um minuto, senti ele vibrar no bolso da minha calça, não quis saber quem era. Agradeci por Imasu estar ali e me ter me trazido para cá, eu precisava de um espaço e creio que ninguém saberia que eu estava aqui.
Penso se nesse momento Lilith já foi informada do que eu sei, com toda certeza sim, Jace deve ter contado, ele tinha uma fidelidade surreal por ela, pude perceber. Ele provavelmente também sabia que ela era minha mãe, Jace a conhecia há tantos anos, dificilmente ele não saberia, o que me fez me sentir um pouco mais enganado ainda. Não é como se Jace me devesse alguma coisa, nós não tínhamos uma grande amizade e apesar dele morar na minha casa, passamos pouco tempo juntos para podermos ter alguma proximidade, mas como ele conseguia guardar uma informação que poderia mudar toda a minha vida e não me dizer?
Será que ele contou a Clary? Será que ela sabia e não quis me dizer porque Jace a fez prometer?
Não. É Clary, ela arriscaria perder uma namoro… caso… não sei bem a que rumo de relacionamento eles estão, mas Clary seria perfeita para me dizer a verdade, eu sei que sim.
Ou talvez não.
É isso que a mentira vinda de uma pessoa que você ama causa, ela converte seus pensamentos ao ponto de você começar a duvidar de todos ao seu redor. Eu não queria desconfiar de Clary, ela literalmente é a única pessoa que nunca mentiu e me enganou, tenho que confiar que ela não faria isso comigo.
O carro parou, Imasu buzinou e olhei pela janela. Valeu atravessou o portão com apenas uma mala que eu pedi que fizesse para mim, mas duas. Como eu pude achar que a biscoito me deixaria?
