STRENGTH OF FATE | VHOPE

22. Planos de vida e morte

Olá!

Sextamos com SOF e dessa vez um pouco mais cedo que o de costume rs

Esse capítulo tem momentos bonitos e informações importantes, espero que gostem!

Boa leitura e deixe um votinho! (: 

⚜️

Taehyung desceu as escadas correndo para alcançar o marido antes que saísse. O sol havia acabado de nascer quando ele o despertou com um beijo e um aviso que precisava resolver algumas coisas, apenas para que o ômega não estranhasse sua ausência.

Ele estava especialmente apegado a Hoseok nos últimos dias, sentia dependência da presença e de seu cheiro. A última vez que acordou sozinho, sem saber onde ele poderia estar, sentiu uma angústia tão grande a ponto de chorar. Não havia sentido e nem razão específica, mas lá estavam as lágrimas para o susto do rei, que retornou minutos depois com uma bandeja repleta de alimentos para o desjejum. Já havia se tornado um hábito dele fazer isso para mimar Taehyung um pouco mais.

Um abraço, dois beijos e sua presença foram o suficiente para fazer o outro se acalmar, mas desde então, o alfa sempre permanecia ali até ele acordar. Em situações que realmente precisaria se ausentar antes, o despertava com um beijo para avisar. Pareceu funcionar bem, não lhe custava nada e até achava fofo vê-lo sonolento resmungando algo meio incompreensível, mas dando a entender que tudo bem.

Neste dia, alguns minutos após o aviso que precisaria sair, Hoseok viu a imagem do marido correndo, descalço, escadas abaixo e pelo corredor. Sequer parecia o bolinho preguiçoso e cheio de manha que ele havia deixado dormindo no quarto.

— O que houve? – Retornou alguns passos em direção a ele. – Amor, está frio, não fique andando descalço...

Quando o alcançou, Tae apenas lhe deu outro beijo rápido, assentindo para o pedido sobre não andar mais descalço, mas sem muita atenção.

— Vai demorar para voltar?

— Não sei dizer ao certo, mas com certeza estarei aqui para almoçar contigo. Tudo bem?

— Sim! – Assentiu para reforçar sua afirmativa. – Quero te pedir uma coisa. – Hobi ajeitou o cabelo dele e apenas esperou até que ele continuasse. – As caixas no quarto perto do ateliê, aquelas que vimos durante o solstício...

— O que tem elas? – Permanecia mexendo no cabelo dele, sentia-se incapaz de estar perto e não tocá-lo de alguma forma.

— Posso ver as coisas que tem lá? – Taehyung recebeu um olhar curioso do marido, mas não parecia ser uma reação ruim. – Parecia ter muitas coisas bonitas de decoração, eu só quero olhar para me inspirar... decidi que hoje terminarei de pintar o quarto, mas queria desenhar um sol como aquele que me mostrou.

O rei deu um pequeno sorriso e assentiu.

— Fique à vontade, não há problema algum, mas peça para que te ajudem com as caixas mais pesadas.

Tae assentiu e abriu o sorriso grande e quadrado que ficava mais bonito a cada dia. Se despediram outra vez com mais um beijo e Hoseok partiu sorrindo também. Sentia que a cada dia as coisas pareciam se encaixar mais, tinham mais sentido e cor.

Deixar que alguém mexesse nas coisas que pertenciam aos seus pais, há algum tempo atrás, sequer seria uma opção; ele mesmo ainda não tinha reunido coragem para remexer aquelas lembranças encaixotadas. Mas diferente do que pensava, não sentiu receio ou desconforto com o pedido de Taehyung. Desde o dia em que estiveram no templo de seus ancestrais, o passado deixava de ser um assunto delicado entre eles. Era como se uma das últimas barreiras tivesse se quebrado e ele não precisasse mais carregar tudo que sentia sozinho. Isso tornava tudo mais leve.