STRENGTH OF FATE | VHOPE

20. Medo e traição

Olá!

Estou feliz em poder dizer outra vez que sextamos com SOF!

Estamos voltando aos poucos com as atualizações. Obrigada por ter esperado e por estar lendo essa história <3

Boa leitura! 

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⚜️

Deus criou o homem à sua imagem, mas soprou em suas almas um espírito selvagem com o qual lutariam pelo controle durante toda sua existência.

Os instintos lupinos os dominaram durante gerações, viviam e pecavam como seres imundos, até que a misericórdia divina os alcançou, iluminou aqueles de espíritos fortes e puros que guiaram os outros à consciência, ao que no presente consideravam como civilizado.

Era o que constava nas escrituras, a história contada com o passar dos anos quando a dominância do humano sobre o lupino era pregada como o mais correto. O homem podia dominar a racionalidade, criar impérios e alcançar a sabedoria divina que era negada às feras.

"Look at the hate we're breeding. Look at the fear we're feeding. Look at the lives we're leading the way we've always done before.

Veja o ódio que estamos criando. Veja o medo que estamos alimentando. Veja as vidas que estamos guiando da maneira que sempre fizemos antes"

Civil War - Guns N' Roses

Esse foi o pensamento perigoso que moldou o avanço da sociedade. Monarquias foram criadas, reinos divididos e muitas guerras travadas. Na última contada pela história, a maior de todas, conhecida como "a grande guerra", quando o ocidente tentou de todas as formas tomar as terras orientais, a linha tênue que dividia os homens de seus lobos passou a ser constantemente afetada. Muitos guerreiros e até reis se deixavam tomar pelos instintos sangrentos e irracionais que eram alimentados em campos de batalhas, e isso ao olhos de muitos trazia a insegurança do descontrole que poderia resultar em uma guerra inteira perdida.

Foi nesse momento da história onde o Conselho foi criado, baseado na antiga crença que os anos de vida eram passos dados em direção a sabedoria dos deuses. Um ancião de cada família nobre iria compor um grupo de cinco membros que seriam responsáveis por auxiliar, através de sua sabedoria, as escolhas e ações da realeza para alcançarem um futuro próspero. Cada reino do oriente, norte e sul, possuía seu próprio Conselho; apenas em situações consideradas vitais e de interesse de ambas as coroas, o Grande Conselho, formado por dez anciãos, cinco de cada lado, uniam forças e estratégias contra um mal em comum.

Durante a dinastia da família Jung ao Sul e a família Park do norte, o Grande Conselho foi convocado apenas três vezes. Uma quando os dois reinos precisaram unir forças para vencer a grande guerra, outra para julgar antigos nobres por crimes de guerra, com alguns sendo duramente sentenciados à morte junto a todo clã pertencente, e por último, após a morte repentina dos reis do Sul, quando precisaram garantir a estabilidade do trono de Gwangju.

Haviam duas verdades não ditas que cercavam esses acontecimentos: a primeira era que a confiança entre os dois reinos não era completamente sólida, nenhum lado sentia-se confortável em se unir ao outro ou compartilhar informações e vulnerabilidades. Antes de se unirem contra o ocidente, os dois lados eram inimigos em busca de poder e território; antigos hábitos são difíceis de serem completamente desfeitos. A segunda, era que o poder que estava sendo cada vez mais atribuído ao Conselho incomodava os monarcas.