14. Formas de amar

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Olá!

Sextou outra vez com SOF! 

Boa leitura!

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⚜️


O silêncio predominou durante o caminho de volta para o castelo.

Chungha se deixou ser acolhida por Taehyung, negando quando o outro lhe ofereceu água e comida. Não sentia vontade de nada além de se esconder e chorar. O consorte não sabia o tamanho de sua dor, não sabia dos detalhes, mas não fez perguntas, não pediu explicações, se preocupou primeiro apenas em cuidar. A ômega aceitou de bom grado o silêncio confortável que ele ofereceu, sentiu-se grata pela sensibilidade de esperar até que ela estivesse pronta para falar. Naquele momento, ela não estava.

Quando chegaram ao castelo, Baekhyun esperava ansioso e fez questão de abraçá-la com carinho assim que desceram da carruagem.

— Que bom que você está aqui! – Disse baixinho para ela, com todo o carinho que podia.

— Baekhyun-ssi. – Ela disse com a voz embargada ao se desvencilhar do abraço. – Taehyung-ssi... muito obrigada por me acolherem. Eu sinto muito por estar sendo um problema e preocupá-los, sei que devo muitas explicações, mas–

A voz falhou em um soluço e Taehyung negou com a cabeça antes de segurar sua mão.

— Uma coisa de cada vez, sim? Vamos primeiro entrar e cuidar de você, podemos conversar em outro momento. – Tae disse, tentando tranquilizá-la ao ver que suas mãos tremiam.

Yoongi, que havia entrado apenas por um momento, retornou com um casaco em mãos e colocou sobre os ombros do marido, que se recusava a entrar antes da chegada dos amigos, mesmo que o clima e o vento parecessem se tornar cada vez mais frios a cada instante. Ele olhou para Chungha e ofereceu um pequeno sorriso e ela fez uma reverência formal em sinal de respeito.

— Saiba que é bem-vinda aqui, Chungha-ssi. – Seu tom era brando e em sua expressão não havia nada além de um sorriso gentil, como quem recebe a visita de um amigo.

O tempo todo Chungha temeu encontrar julgamento, desaprovação, raiva, nojo ou qualquer sentimento ruim como os que via nos olhos daqueles que a expulsaram, mas ali ela só encontrou acolhimento.

Yoongi ajeitou melhor o casaco nos ombros do marido, depositou um beijo breve em seus cabelos e com a licença de todos se retirou, deixando apenas os três. Temia que de alguma forma a presença de um alfa intimidasse ou deixasse Chungha desconfortável, e enquanto se afastava, recebeu do marido um olhar e um pequeno sorriso recheado de gratidão por sua sensibilidade e cuidado.

Taehyung guiou Chungha para dentro e Baek havia pedido para que arrumassem um quarto de hóspedes para a ômega. Ela entrou no cômodo incrédula pelo tamanho e a decoração tão luxuosa, mesmo sendo apenas um quarto de hóspedes. Baek os deixou por um momento, insistindo em pedir para que preparassem algo para a amiga comer, e mesmo coberta de vergonha, ela não podia negar, realmente sentia fome.

O consorte pediu para que ela se sentasse na cama e aguardasse um instante. A passos largos foi até o quarto de banho que ficava adjacente ao principal e quando retornou, estava com uma pequena toalha e uma bacia com água fria. Ele se sentou-se ao lado dela, mergulhou a toalha na água, torceu bem e em seguida começou a limpar o rosto que havia sido banhado em lágrimas.

Seus olhos estavam um pouco inchados, a pele vermelha ardia levemente devido as lágrimas salgadas e o contato da toalha macia e gelada ali causou um alívio em meio a tantas dores. Taehyung repetiu o processo e fez o mesmo do outro lado de seu rosto, se demorando mais nos locais que pareciam mais avermelhados, depois passou por seus braços e suas mãos, como se estivesse limpando a sujeira invisível que as mãos sujas daqueles que a fizeram mal deixaram.

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