11. Esperança

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Olá! 

Sextamos outra vez com SOF (:

Vamos ver o que anda acontecendo mais ao norte?

Boa leitura e deixa um votinho! <3



Era o quarto dia seguido que Jungkook estava designado a servir e acompanhar o príncipe Park de forma quase exclusiva. Mesmo que não entendesse bem, já que tinha quase a convicção sobre o príncipe não gostar de si, havia sido uma solicitação do próprio Jimin.

Por algum motivo que Jeon desconhecia, Jimin parecia não estar em um bom momento com os pais. Com a ausência do irmão no castelo, o Park voltou a ocupar seu tempo com todos os esportes, treinos e estudos que o distraíssem e o mantivessem o mais longe possível dos olhares e da presença dos reis. E a função de Jungkook era auxiliar em tudo que fosse ordenado, garantir que tudo ocorresse de acordo com os planos, mesmo que muitas vezes o mais velho não se desse ao trabalho de explicar exatamente quais eram.

Não era fácil, Jimin era mimado. De manhã, na maioria das vezes, mal humorado, mas como em tudo que se propunha a fazer, Jungkook se esforçava ao máximo e nunca reclamava. Estar diretamente a serviço do príncipe lhe renderia um pagamento maior ao final da semana. Talvez, depois daqueles dias, das três moedas de ouro que faltavam para pagar um médico para sua mãe, faltasse apenas uma. Era o suficiente para Jeon estar grato, já que, em uma situação convencional, demoraria duas vezes mais, com o dobro do esforço, para conseguir tal quantia.

Além do mais, não estavam sendo dias horríveis. Ele se levantava mais cedo que o normal para organizar e acompanhar Jimin durante os treinos de espada que se findavam após os primeiros raios de sol da manhã. Servia seu desjejum em seus aposentos, organizava e limpava tudo quando ele saia do quarto e depois podia seguir para a biblioteca. Separava os livros, alcançava os mapas, tirava as poeiras das prateleiras, tudo enquanto podia ouvir ali de pertinho as aulas bem elaboradas que Namjoon dava a Jimin.

Ambos pareciam ser tão inteligentes. O príncipe não fazia tantas perguntas como ele e por vezes completava o raciocínio de Namjoon. Eles tinham alguns diálogos que Jungkook sequer conseguia entender o contexto e fazia pequenos lembretes em sua mente para perguntar ao professor em uma outra oportunidade, mas só de ser autorizado a estar ali, fazendo seus serviços rotineiros e ganhando o dobro por isso, realmente não havia do que reclamar.

O professor, ciente da atenção de Jungkook em suas aulas, por vezes tentava ser mais didático e bem mais discreto do que normalmente seria estando a sós com Jimin, e o príncipe francamente não se importava, literalmente autorizava. Não havia escolhido Jungkook para lhe acompanhar naquela semana por implicância, não tinha intenção nenhuma de ser maldoso. O ômega praticamente continuaria a fazer suas funções de rotina, carregaria vez ou outra os materiais pesados de treinos dele, permaneceria em sua companhia que sabia não ser sempre tão bem humorada, mas apenas isso. No final, era apenas uma escolha conveniente.

Das três famílias de plebeus que eram autorizados a servir a família real, um não passava de um fantoche de seus pais, a quem mais tentava evitar, logo não era uma opção. Sendo os Jeon representados até então por mulheres, não as escolhia pela parte de acompanhá-lo aos treinos com as bolsas e equipamentos pesados, logo, sua escolha e preferência sempre foi por Yang Jin-hee. Um alfa, com cheiro de licor e um dos principais guardas da família real.

Por anos, Yang foi a escolha de Jimin para ser sua companhia durante os treinos e durante muitas outras coisas que não eram vistas como permitidas ou normais aos olhos de tantos, nem mesmo aos olhos do guarda. Jin-hee, dois anos mais velho, muitas vezes estava interessado apenas na influência e no dinheiro que essas oportunidades lhe ofereciam, mesmo que eventualmente tivesse que lidar com a raiva e asco de seu alfa ao se submeter aos caprichos eróticos do príncipe tão novo, fingindo realmente gostar. Jimin demorou para perceber que não gostava de Jin-hee. O verdadeiro prazer do guarda só se fazia presente quando era Jimin a ser dominado, por vezes machucado, pelo alfa que fazia questão de cuspir em si, mascarando seu nojo com fetiche, para depois se gabar, com os bolsos cheios de ouro, em uma adega qualquer, como tinha o jovem príncipe em suas mãos. Gemendo e sangrando como um ômega.

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