Olá!
Não é uma sexta, mas sábado também tem S, então sabadou de SOF!
Eu me diverti escrevendo esse capítulo, espero que gostem também.
Boa leitura!
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⚜️
Jimin tomou um tempo para digerir tudo que havia acontecido. Subiu até o terraço onde costumava se esconder, não conseguia ficar em seu quarto, precisava se afastar, tomar ar para poder lidar com a confusão em sua mente. Seu corpo tremia, queria chorar e gritar ao mesmo tempo, não suportava a raiva, tristeza e decepção que o preenchia.
Ele se apoiou em parte da mureta, curvou o corpo e vomitou, apenas água e bile, pois sequer havia comido desde o dia anterior, mas urgia em expurgar toda aquela agonia. Afastou apenas alguns passos e então sentou no chão, finalmente rompendo em choro.
Dizer que seu pai afetava seu psicológico era pouco perto do efeito que causava sempre que eles entravam em conflito. Jihoon conhecia todos os gatilhos de Jimin, pois muitos foi ele mesmo que criou, não que se orgulhasse disso, havia momentos que o rei reconhecia, lamentava e evitava tudo que desencadeava no filho. Por vezes, buscava formas de "recompensar" para aliviar a própria culpa e tentar não ser sempre visto como um inimigo para Jimin, como a aceitação do relacionamento dele com o tutor, mesmo que em seu cerne, o rei soubesse que sequer tinha o direito de estar questionando um coração que não era seu.
Mas após descobrir que seus dias estavam contados, devido à doença que consumia seu pulmão, sua vida, sem nenhum remédio que pudesse deter, era muito difícil manter seus atos de redenção que havia aceitado de forma tardia.
Queria muito ter tempo para construir uma relação de confiança com os filhos e compartilhar com eles todos os detalhes da brutalidade que acontecia ao redor da coroa, mas não era uma opção, a forma que ele conseguiria protegê-los dentro do pouco tempo que restava, não envolvia diálogos e tempo para cura ou perdão. Nunca foi construída uma base de confiança, então não bastava apenas contar tudo a eles, pois desencadearia reações que estariam fora do controle e chamaria mais atenção do que poderia. Era necessário blindá-los, garantir que não houvesse nenhuma margem para que, em sua ausência, fossem atacados, roubados ou mortos.
O rei não deu escolhas ao filho, o forçou a aceitar algo sob ameaças cruéis que, no fundo, não tinha a real intenção de cumprir, contava sempre com o medo como seu aliado, mas se fosse falar sobre escolhas difíceis, ele também estava fazendo várias. Abriu mão do amor e perdão dos filhos para fazer o que considerava ser o certo para mantê-los seguros. Como ele mesmo havia dito, estava garantindo que eles não precisassem lidar com ninguém mais cruel do que o próprio pai, pois os outros nãos poupariam suas vidas, não dariam escolhas que garantissem sua segurança ou até mesmo com diversas brechas para não serem cumpridas. E naquele dia decidiu que deixaria a eles uma carta, com todas as palavras que gostaria de ser capaz de dizer em vida. Não como justificativa, não pretendia ser um cretino até mesmo depois de sua morte e pedir que o perdoassem, seria apenas como uma explicação.
Estava bem em morrer como um homem odiado desde que, em sua mente, através do que ele considerava ser o certo, tivesse feito tudo o que era necessário para seus filhos permanecerem em segurança. Sem querer exigir muito da própria sorte, torcia para que talvez, um dia, os filhos unissem forças com o reino do sul e conseguissem concluir o que ele e Junseo não foram capazes.
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STRENGTH OF FATE | VHOPE
Hayran KurguApós perder os pais em um naufrágio, o príncipe Jung Hoseok se vê diante a um destino a qual não se sente pronto para seguir: assumir o trono de Gwangju, reino do sul. Mas para isso, regras deveriam ser seguidas. Exigências de um sistema comandado...