Sextou com S de SOF!
Faz tempo, eu sei... muitas coisas aconteceram nas últimas semanas, e entre a última semana de abril e a primeira de maio, eu estava viajando por causa do meu aniversário, então não consegui adiantar o capítulo como gostaria. MAS, finalmente estamos aqui e estou feliz em dizer que talvez esse seja o primeiro capítulo, depois de muitos, que ninguém vai terminar triste!
Espero que vocês estejam bem, se cuidando e que gostem do capítulo!
Boa leitura!
⚜️
Jungkook não costumava reclamar da vida que levava e suas obrigações, mesmo que considerasse algumas situações injustas, sabia que não adiantaria nada, era um tempo perdido que ele poderia usar trabalhando.
Desde a morte de seu pai, teve que se acostumar com a ausência de sua mãe devido às longas jornadas de trabalho para sustentar a casa. Pouco tempo depois, Chae também passou a acompanhar a mãe, e até que ele também tivesse idade para trabalhar, passava as longas horas do dia explorando o pedacinho de mundo que o cercava. Os olhos grandes e sempre curiosos não deixavam nada escapar, aprendia de tudo um pouco, inclusive sobre a sua posição perante a sociedade.
Quando criança, ainda não era tão comum ver nobres frequentando o povoado, a primeira vez que viu uma carruagem de verdade, parada em uma das ruas do centro, não pode evitar a curiosidade de chegar perto. Era muito bonita, tinha adornos dourados e era puxada por cavalos grandes e bonitos, mas toda aquela beleza não condizia com o dono; um nobre arrogante que esbofeteou seu rosto e o expulsou de lá aos gritos, acusando-o de estar buscando algo para roubar. Ele tinha apenas oito anos.
Aquela foi a primeira lembrança que Jeon guardou como aprendizado sobre a visão que os nobres tinham dele e de qualquer um que não possuísse riqueza ou títulos. Foi seu primeiro contato direto e cru com a injustiça, e infelizmente não seria o último. Foram muitos tapas, quedas e choros até ficar gravado em si sua inferioridade. Mas diferente de muitos, aquilo não fez com que ele se revoltasse e vivesse em amargura, apenas manteve em sua mente que deveria se esforçar duas, três, quatro vezes mais para ajudar o sustento e a proteção dele e de sua família.
Por isso, sempre deu tudo de si em cada trabalho, não hesitou em substituir a mãe em seu posto quando ela adoeceu. Usava o tempo de reclamar para correr atrás de soluções, e parecia que era assim que ele passava todos os dias de sua vida, correndo, mesmo quando suas mãos estavam atadas. Mas ali, naquele momento, ele estava paralisado, não sabia para onde correr.
Já havia algum tempo desde que chegou em casa com sua irmã, era quase o mesmo período que sua mãe chorava com a notícia que pesava em todos. Tanto ela quanto Chae se recusavam a permitir que o caçula fosse levado, da mesma forma que ele nunca permitiria que isso acontecesse com alguma delas, mas na realidade, essa decisão não estava no controle de nenhum deles.
Jungkook não sabia como se sentir, a injustiça sempre rondou sua vida, mas aquilo ultrapassava todos os limites, "injusto" se tornava uma palavra pequena perto da situação. Ele tentava acalmar a mãe que, entre todos, parecia a mais desolada por não poder proteger o filhote, por entender melhor do que eles o peso de ser levado para aquele lugar e também o de desobedecer uma ordem tão direta do rei. Ela deveria aconselhar o filho a fugir, mesmo que isso significasse ele vivendo o resto da vida como um traidor da coroa, com a vida sempre em risco caso fosse pego? Deveria buscar maneiras para ajudá-lo a suportar aquele momento e depois fazer o possível para ajudá-lo a superar? Era possível superar algo assim?
VOCÊ ESTÁ LENDO
STRENGTH OF FATE | VHOPE
FanfictionApós perder os pais em um naufrágio, o príncipe Jung Hoseok se vê diante a um destino a qual não se sente pronto para seguir: assumir o trono de Gwangju, reino do sul. Mas para isso, regras deveriam ser seguidas. Exigências de um sistema comandado...