The King & The Queen

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Oi oi amores

Só passando para avisar que vou Atualizar 1 vez por semana. Todo domingo a noite❤

Eva.

Minha cabeça latejava como se eu estivesse tendo a pior ressaca da minha vida, do tipo que você promete que nunca mais irá colocar uma gota de álcool na boca. Abri os olhos lentamente e então percebi que estava em uma cela e que o cara dos olhos puxados estava sentado em uma cadeira do lado de fora armado.

- Eai japa...

- Eu sou coreano. - Corrigiu ele. - E meu nome é Glenn.

- Caguei. - Revirei os olhos me levantando um pouco tonta. - Onde eu estou?

- Alexandria.

- Que fofos me trouxeram pro café da tarde.

- Onde está a Rosita?

– Não faço ideia de quem esteja falando. – Não pude conter um sorriso irônico ao vê-lo começar a ficar com raiva.

Olhei pela janela vendo que algumas pessoas passavam na rua tranquilamente, mas o som do Glenn colocando a arma no chão chamou minha atenção.

- Olha, eu sei que você não é uma pessoa ruim.

- Claro que a pessoa que arrancou o seu dedo não é uma pessoa ruim. – Revirei os olhos.

- O Daryl me contou o que você disse. Antes um dedo do que a minha vida... Por sua causa pude continuar vivo e descobrir que serei pai de um menino em alguns meses.

Poucas pessoas conseguem me deixar sem palavras. Eu evitava, não, eu lutava todos os dias para não pensar no que aconteceu com o meu bebê, mas sempre que eu fechava os meus olhos via aquele sangue novamente. Respirei fundo tentando afastar esse pensamento.

- Tanto faz. - Dei de ombros.

Ouvimos som de passos e Rick entrou na sala. Não tenho certeza de quanto tempo fiquei apagada, mas acho que tempo suficiente para eles estarem relativamente bem já que lá fora as coisas estavam normais e o Rick apareceu com roupas limpas.

- Olá Eva.

- Rick. - Eu o olhava de cabeça erguida.

- Ninguém aqui vai te machucar. Não precisa se preocupar com isso. - Disse se aproximando das grades.

- Só vão me manter presa em uma cela, legal, você é um baita bunda mole.

- É apenas por segurança. Como eu disse não queremos te machucar, queremos apenas o Negan.

- Por que não me solta e resolvemos isso com armas como no velho oeste? Ouvi dizer que você já foi xerife. – Segurei as grades as apertando.

- Quer me enfrentar depois de uma concusão e um tiro no ombro? - Ele me olhou com uma sobrancelha arqueada. - Pensei que fosse mais esperta que isso.

Me mantive em silêncio desviando o olhar. Ele estava certo infelizmente, eu estava em desvantagem e mesmo que conseguisse sair dessa cela ainda haveria muitos deles lá fora para eu ter que lidar.

- Está com fome? Não vamos te dar comida de cachorro como deram ao Daryl.

– Vai bancar o policial bom comigo Rick? – Dei as costas me sentando no chão da cela com as costas na parede.

Ele me olhou por um tempo e com um sinal de cabeça ele e Glenn foram embora.

Não tinha muito o que fazer estando presa em uma cela. Tirei parte do curativo do meu ombro vendo que os pontos não estavam infeccionados o que era uma ótima notícia a essa altura do campeonato, por mais que eu achasse que eles não fossem me deixar morrer assim tão fácil.

Estava ficando totalmente entediada quando ouvi a porta abrir e uma mulher entrar, seu rosto era familiar, apenas quando chegou mais perto percebi ser a mulher do Glenn, sua barriga já estava começando a ficar redonda. Ela ficou me observando como se me julgasse.

– Se você tirar uma foto vai durar mais. – Disse me levantando indo em direção às grades.

– Cadê a Rosita?

– Hmm. Rosita... Rosita... Não faço ideia de quem esteja falando, vai precisar ser mais específica.

– Não seja sinica. – Ela ficou mais próximo a grade.

– Ah, deve estar se referindo a garota de Maria Chiquinha que atirou em mim.

– CADE ELA?

– Qual das partes dela você quer saber onde está? A última vez que eu vi a cabeça ela estava em uma estaca enfeitando a minha janela. – Ela cerrou o punho acertando um soco no meu rosto me fazendo cortar o lábio. Senti gosto de sangue, comecei a rir.  – Esse é seu melhor soco? Achei que batesse melhor.

Possessa ela me deu as costas batendo a porta ao sair. Ainda rindo me deitei naquela cama de pedra, paciência teria de ser a minha maior virtude nesse momento.

Negan

- COMO ASSIM ELES ESTÃO COM A EVA? - Devo ter gritado tão alto que todo Santuário pôde me ouvir.

- Não a encontramos quando voltamos da batalha. Achei que ela estivesse em um dos caminhões. - Dwight tentou explicar. Ele assim como os outros Salvadores ali naquela sala estavam se mijando de medo, é deviam estar mesmo.

- MAS QUE PORRA! - Bati a Lucille contra a mesa. - Eu quero que vocês montem um acampamento próximo aquela merda de cidade, eu quero saber cada passo do Rick, quero saber até quando aquele desgraçado for cagar vocês entenderam?

- Sim senhor. - Responderam em coro.

- O QUE ESTÃO ESPERANDO? VÃO! VÃO!

Assim que eles deixaram a sala comecei a bater com a Lucille em uma estante de livros a deixando em pedaços. Meu sangue fervia por saber que Eva estava sendo refém em Alexandria. Eu sabia que o Rick era muito bunda mole para machucar ela, mas só pelo fato dela estar lá...

- PORRA! - Gritei acertando uma última pancada nos destroços de livros e madeira que um dia foi uma estante.

Eu incendiaria aquela cidade, botaria tudo abaixo para trazer a minha mulher de volta ao meu lado!

Peguei uma garrafa de wiskey para me servir um copo, mas optei por beber direto do gargalo. Um gole longo que queimou minha garganta como brasa. Com a garrafa em mãos sai do escritório em direção ao nosso quarto.

Tranquei a porta já que eu não queria ser incomodado. Já havia anoitecido o que deixava o quarto escuro. Joguei a Lucille na cama me sentando no chão encostado sobre a madeira tomando mais um longo gole.

Eu não me sentia assim há anos. Esse vazio, esse maldito vazio que eu senti apenas quando Lucille partiu.

Eva fazia parte de mim, é minha esposa, minha mulher e desde o dia em que a reencontrei com aqueles desgraçados não nos separamos. Não se encontra uma mulher foda, gostosa ao mesmo tempo gentil e delicada assim.

E agora ela estava com aquele bundão do Rick e companhia.

- Merda!

Arremessei a garrafa contra a parede a vendo em pedaços com o restante do whisky se espalhando pelo chão.