The King & The Queen

35

EVA

De volta a Alexandria o lugar estava destruído, havia buracos nos muros e casas destruídas, presentes dos Sussurradores. Negan foi até a casa onde ficávamos preparar uma mochila com algum suprimento antes de partirmos.

Eu observava os alexandrinos recolhendo os cacos do que restou do lugar, alguns olhavam assustados, alguns choravam e outros se preparavam para por a mão na massa.

— Lydia. — Caminhei até ela que me esperou. — Oi querida, você está bem?

— Estou, estou sim. — Assentiu colocando uma mecha de cabelo pra trás.

— Ótimo... Eu e o Negan estamos de partida.

— O que? Não! Por que? — Ela se aproximou um pouco mais.

— É uma longa história... — Respondi observando Maggie passar por nós. — De qualquer forma, só queria me despedir.

— Eu vou com vocês.

— Não... Fique aqui onde é seguro pra você.

— Mas... Mas e o bebê? — Ela sussurrou a última parte.

— Vai ficar bem, assim como os pais dele... — Me aproximei acariciando seu rosto com ambas as mãos. — Me promete que vai se cuidar e não deixar nenhum cuzao te passar a perna?

— Prometo. — Ela soltou um riso nasal mesmo com os olhos marejados.

— Ótimo... — Sorri depositando um longo beijo na sua testa.

— Eva. — Olhei para o lado e pude ver Negan com uma mochila nas costas.

— Certo... — Respirei fundo me afastando e segurando sua mão. — Se cuida pirralha.

Deixamos Alexandria, Carol e Daryl nos viram, mas apenas nos encararam, pela forma como Negan a olhava talvez tenha falado algo a ela, mas novamente partimos sem olhar para trás.

Andamos, andamos e andamos, quando a noite caiu montamos acampamento na floresta Negan começou a acender uma fogueira enquanto eu me sentei em um monte de folhas com as costas contra uma árvore.

Acariciando a minha barriga era um alívio não precisar mais esconder que havia um pequeno ser crescendo aqui dentro... Um ser que em um mundo normal seria jogador de futebol com prática em chutar meus órgãos internos.

— Sabe, querido, isso seria muito mais fácil se nossos inimigos ficassem com medo de um bebê chutador de traseiros. — Tentei quebrar um pouco daquele clima pesado no ar.

— Ah, aposto que ele vai nascer com um taco de beisebol na mão, pronto para lutar. — Ambos rimos um pouco.

Sinalizei para que ele se aproximasse, jogando mais um galho no fogo ele limpou as mãos vindo e sentando ao meu lado.

— Olha só, ele está querendo se juntar à conversa. — Segurei a sua mão a colocando onde sentia os incessantes chutes.

Negan ficou imóvel por um momento ate sentir um chute que colocou um sorriso bobo em seu rosto. Minha mão estava sobre a dele na minha barriga, a mão dele estava um pouco áspera, alguns calos, talvez fruto do que fez entre os Sussurradores, mas isso não era momento para pensar nisso.

— Ei forte... Está com pressa para se juntar a nós, não é? Você está chutando como um campeão aí dentro.

— Ele definitivamente está ansioso para causar problemas, assim como o papai. — Ambos rimos.

— É assim que criamos os melhores bebês, não é? Pequenos fodões desde o útero.

Era impossível não rir. Negan começou a brincar com a minha barriga, a acariciava como se fosse uma bola de cristal.