06.

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Xotinha;

Maior ódio, bagulho feião os papos dessa Carina.
Chata pra caralho, se é maluco.

Carina: Me arruma o Raridade, nunca te pedi nada xotinha. — levo o copo de whisky até a boca, vendo tia linda negar com a cabeça como se tivesse escutado o que a Carina falou.

Xotinha: Nem vai rolar, quiser fala com a mãe dele lá ó. — aponto pra tia que me olha com uma carranca enorme.

Dou risada, vendo mais ao fundo a Cecília que agora conversava com a Melanie, uma gracinha a garota mais nova demais pra mim, imagine só.

Eu chego nela e falo: "Se loco, trabalhei demais. Matei dez devedores e meti o fuzil do cu dos fardados e você? "

Ai ela responde: " Taquei giz na professora, comi ponta de lápis e pintei a unha de branquinho. "

Não da não, mais confesso que ela me instiga, carina sai do meu lado e eu levanto indo na mesa delas, Cecília me trás uma paz mó boa, bagulho mó estranho, familiaridade tlgd?

Xotinha: Fala primeira dama da Penha. — gasto com a cara dela, fazendo toque.

Cecília: Que primeira dama o que, maluco. — nega com a cabeça. — Essa é a Melanie. — aponta.

Xotinha: Não é agora, mais vai ser tô te falando, xotinha nunca erra. — aceno com a cabeça. — Conheço ela pô, tudo certo?

Melanie: Tudo certo sim. — bebê a batida do copo dela e eu encaro seus gestos.

Cecília: Tô vendo esses olhares ai em Xotinha! — da risada, Cecília é toda bonitinha mais levou uma surra fodida e eu não sei porque isso me dá ódio, porra conheci hoje a garota.

Melanie: Tá maluca Serena?

Xotinha: E quem é serena? — pergunto, bebendo o restante do líquido do meu copo.

Cecília: Eu, Cecília Serena. — puxo esse nome na mente, parando um pouco no tempo.

FLASHBACK  ON

Guto: Mãe, quando minha irmãzinha
vai nascer?

Gisele: Daqui a alguns meses! — sorri pra mim. — Mamãe já te explicou.

Guto: Até hoje você não me explicou como que nascem os bebês. — fecho a cara, cruzando os braços.

Gisele: Você só tem doze anos garoto! — da risada.

Guto: Eu sei que eles saem da "xotinha" da mulher. — sinto o tapa na minha cabeça e passo a mão ali. — Sério, meu vulgo é esse na escola porque disse que o bebê saia de lá . — sinto outro tapa, só que mais forte

Gisele: Promete pra mãe que você não vai ir pro crime filho, mesmo se eu não estiver mais aqui com você? — sorri triste pra mim. — Qual nome você quer pra sua irmã, hm?

Guto: Eu prometo, mais se acontecer não fica triste comigo! Quero dar um futuro bom pra vocês duas! — sorrio, acariciando a barriga da minha mãe.

Gisele: E o nome dela filho, qual você vai dar? — pergunta, com os olhos marejados.

Guto: Cecília Serena! — sorrio largo. — O seu é Gisele Serena e ela vai ter Serena também, igual você!

FLASHBACK  OFF

Não pode ser, minha irmã sumiu tinha o mesmo
nome, sumiu um dia depois do nascimento. Da morte da minha mãe, olho atentamente para Cecília tentando ver alguma semelhança com minha mãe.

Cecília: Você está bem, ficou estranho do nada. — saio dos meus pensamentos com a pergunta dela.

Melanie: Vou pegar água pra você. — se levanta e eu sorrio em agradecimento.

Xotinha: An...é.. tô bem sim. — pego o copo de água que a Melanie trouxe e bebo em um gole só, a onda até passou mermao. — Valeu! — faço joia.

Melanie: Não é nada. — diz, e eu a encaro vendo nossos olhares se cruzarem e eu desvio o olhar em seguida.

Olho pra tia linda que meteu o tapa na cara da Carina e dou risada.

Xotinha: Caralho! Essa vai pro site de fofoca do raridade vou até mandar pra ele. — murmuro baixo.

Cecília: O que? — nego com a cabeça.

Pego Dona Linda que já estava bebada e as meninas, deixo a Melanie na casa dela.

Xotinha: Falou, se cuida fé.

Melanie: Boa noite! Foi um prazer te conhecer Ceci, tchau linda, xotinha. — aceno com a mão e saio dali.

Paro na casa do raridade entrando e colocando a Linda na cama, só tirando o salto dela e fechando a porta, vendo no fim do corredor o quarto só Raridade e ele estava capotado.

Xotinha: Valeu ai Ceci, se cuida! — a abraço, sentindo aquela sensação familiar novamente.

Cecília: Se cuida Xotinha! — manda beijo.

Saio da casa descendo pra minha, entro na mesma e acendendo o cigarro de maconha, soltando a fumaça pro ar.

Será que é ela? Só pode ser, o nome...

Eu preciso ir atrás disso, preciso saber.

Deixo à maconha relaxar minha mente e me deito na minha cama, fechando os olhos e deixando a brisa bater.

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Beijos minhas vidas! ❤️

Meu Adeus [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora