Epílogo

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Raridade;

5 anos depois.

Gargalho, vendo a Kiara fazendo graça, enquanto fazemos o churrasco do seu aniversário, de manhã fomos visitar o túmulo de Cecília e colocar as flores lá, minha menina merece, olho de longe o Calisto e sua filha e aceno com a cabeça.

Kiara: Papai, papai! — me chama, balançando seus cachinhos que arrumei faz pouco tempo atrás.

Raridade: O que foi minha princesa? Conta pro pai. — a pego no colo, beijando sua bochecha gordinha.

Kiara: Eu vi a mamãe, e ela me disse que me ama! E que te ama também, mais precisa descansar, e que você tem que seguir sua vida. — diz embolando as palavras.

Raridade: É filha? Papai vai seguir a vida. — sorrio, segurando ela no colo ainda, quando a pego ela esquece que sabe andar.

Olho o Xotinha na churrasqueira e vou até lá, vendo o Felipe no chão, engatinhando de um lado ao outro com a Melanie correndo atrás igual maluca.

Raridade: A carne vai sair nunca? — pergunto, enquanto Kiara põe a cabeça na curvatura do meu pescoço.

Xotinha: Jaja chefia. — da risada. — Como você está? Todo ano se isola no quarto depois das festas, se está bem?

Raridade: Estou levando, me despedi dela hoje! — suspiro cansado.

Melanie: Ela iria querer que você vivesse sua vida. — grita, indo atrás do Felipe. 

Xotinha: Ela está certa.

Faço careta e a Kiara se vira para o tio.

Kiara: Meu papai é cabeça dura, e não entende que está na hora de ele arrumar uma namorada tio. — faz bico, e cruza os braços, ficando com a carinha igual a da mãe, gargalho e nego com a cabeça.

Xotinha: Ele é sim mini Sereninha.

Fico mais um pouco conversando com ele e logo vejo minha mãe chamar para cantarmos o parabéns, tento de todas as formas a colocar no chão mais não desce.

Linda: Hora do parabéns pessoal! — grita, chamando a atenção e eu vou para trás da mesa enorme de bolo.

Optei por fazer na quadra, para todo pessoal do morro mesmo, minha herdeira é amada por todos e não tem porque não fazer para todas as crianças de divertirem, tirando a fato da Kiara ser manhosa.

Xotinha: Parabéns para você! — bate palmas.

Mel: Nessa data querida, muitas felicidades.

Raridade: Muitos anos de vida.

Linda: E para Kiara é nada, tudo! Então como é que é.

— É pique, é pique, é pique, é pique, é pique. É hora, é hora, é hora, é hora é hora, ra tim bum.
Kiara.
Kiara.
Kiara. — dizem em uníssono.

Raridade: Faz um pedido filha, e assopra a velinha. — abaixo meu corpo, a pondo no tamanho para assoprar a vela.

Kiara: Eu desejo que o papai arrume uma namorada e seja feliz. — murmura e eu a olho incrédulo.

A coloco no chão que sai correndo para brincar e fico em pé na mesa, com os mais próximos pegando os presentes e lembrancinhas que o pessoal trouxe a Kiara.

***

Olho no meio da multidão encontrando um par de olhos, ficando paralisado naqueles olhos verdes, analisando o cabelo ruivo, sentindo meu coração disparar dentro do peito.

Raridade: Qual o nome dela? — pergunto pro xotinha, apontando com a cabeça.

Xotinha: Luara, neta da dona Claudia, se mudou recente para o morro. — se vira, voltando a beber.

Procuro o par de olhos verdes, a encarando e solto um sorriso, a vendo retribuir de volta.

____________

Eu amei escrever a história do Raridade com Cecília, que mesmo eles não ficando " juntos " no final, mostra que eles estão destinados, não somente nessa vida mais também nas próximas, não sei se ficou muito boa a história, mais espero que vocês realmente gostem, foi escrita com todo meu amor e dedicação! Raridade fez de tudo por ela, e faria quantas vezes fossem precisas! ❤️

Meu Adeus [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora