20.

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Raridade;

Me despeço dos mlks e subo pra casa andando, tentando por a consciência no lugar, porra.  Pensar em algo, a partir de agora vai ter invasão e vou ter que proteger os moradores bem.

Paro em frente em casa e abro a porta, tirando a camisa e pondo no ombro, passando por ali vendo uma Linda revoltada com o pano de prato pra cima de mim.

Linda: Seu filho da puta, aonde você estava Ravi, que não atende esse celular, tava com quem? Se me falar que estava com piranha eu te capo garoto! — continua me batendo.

Tampo meu rosto e suspiro fundo mermo, porra Ravi fica calmo, respira.

Linda: FALA LOGO SEU FDP!

Raridade: Caralho mãe, chega. Eu tô revoltado vai ter a porra de uma guerra e você achando que tô com piranha, se liga porra, me deixa quieto uma vez na vida mãe, não fica me rondando não.

Linda: Eu não sabia filho...o que aconteceu?

Raridade: Nunca sabe, nunca pergunta to cansadao disso, porra só me deixa em paz na moral mãe.

Subo pro quarto sem deixar ela falar e entro direto pro banheiro, tomando um banho quente bem demorado, pra relaxar os músculos e a frustração.

Aquele maldito filho da puta não tinha nem provas, e meteram o louco pro lado dele, mais no meu morro ninguém pisa, tão achando que porque sou bom que vou deixar pisarem em mim? Não mesmo, aqui é o raridade caralho, deito pra ninguém.

Saio do banho depois de uma hora, cansado pra caralho, coloco uma cueca e uma bermuda leve, ficando sem camisa mermo.

Vou pro quarto ao lado da Cecília e entro, vendo ela encolhida na cama, chorando.

Raridade: Que foi minha vida? — pergunto, me aproximando e deitando nas pernas dela, sentindo a paz que ela me trás, junto do perfume docinho dela que eu sou amarrado demais.

Cecília: A gente precisa conversar... — funga, passando as mãos no rosto, que esta vermelho com os olhinhos pequenininhos, passo minhas mãos no rosto dela me sentando e a trazendo pro meu colo.

Raridade: Pode falar, tô ouvindo. — passo as mãos no rosto dela, que fica fungando.

Cecília: e...eu tô grávida. — volta a chorar.

É uma péssima hora pra ter um filho, mais de Deus quis assim, por mim tudo bem, eu acho.

Raridade: E isso não é bom amor? Um bebê nosso, se for igual a você vai ser perfeito, não chora vida, eu tô aqui. — abraço o corpo dela, sentindo suas lágrimas em meu ombro.

Cecília: Eu também estou com câncer Ravi, eu... eu posso morrer mais eu quero esse bebê ravi, promete pra mim que vai cuidar dele, me promete.

Raridade: Você não vai morrer Cecilia, eu vou cuidar de vocês, tá bom? Não fala isso caralho, você não vai me deixar, você vai ficar bem, por favor não me deixa.

Deito de volta nas pernas delas, sentindo as lágrimas descerem rapidamente, soluço, enquanto sinto as suas mãozinhas passarem em meu cabelo.

Raridade: Por favor, não me deixa Cecília... — digo, arrastado por causa do choro. — Por favor....

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Meu Adeus [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora