22.

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Raridade;

Entro na boca, avistando Xotinha já na minha sala, sentado na cadeira de frente a minha mesa já, me sento na minha cadeira e olho para ele impaciente.

Xotinha: CV declarou guerra contra a Penha, já está na página inicial do comando, já mandaram avisar aqui.

Raridade: Tô ligado pô, tô na neurose. — respiro fundo. — Cecília está grávida.

Xotinha: Péssima hora pra ter filho Raridade, mais felicidades pô... — bate em meu ombro. — Qual foi dessa cara aí carai.

Raridade: Ela está com câncer também. — engulo em seco. — Tô cheio de câo pra resolver, um neném a caminho e a saúde da Cecília.

Xotinha: Vai ter que se aliar a ADA, se tem crédito pendentes, ele só vai ajudar se você entrar pra ADA, que vai ocasionar em traição do Comando.

Raridade: Fui expulso do comando, e se for pra proteger ela e o bebê eu vou me aliar a ADA, não sei o que o KL quer com ela, mais se ele tocar as mãos nela e o neném vai ser pior do que a maneira que ela veio parar aqui Xotinha.

Olho o Dior entrar e se sentar ao lado do xotinha, com uma caixa em mãos.

Xotinha: E o que tu vai fazer?

Dior: Mandaram pa tu. — estica a caixa pra mim.

Pego e abro a mesma, vendo o papel escrito com sangue na mesma.

" Os dias de vocês estão contados, aproveita enquanto pode. Ass: CV. "

Raridade: Tu vai ficar na gestão da Penha Xotinha, e o Dior de braço direito. — jogo a caixa no chão, depois de ver a cabeça do Gateu nela. — Vou ir atrás de aliados, a Penha tá forte contra a CDD, mais com a ajuda máxima do CV pra ele vai ficar foda.

Xotinha: Vai ficar fora quanto tempo pô? — pergunta, encarando o Dior.

Raridade: Três meses, tenho que ir atrás da ADA... — jogo a cabeça pra trás. — Declara toque de recolher na Penha, a partir das 18h, paga para as pessoas que trabalham, a Penha tem que estar vazia às 18h00 só os vapores de contenção no morro em todas as entradas, os fogueteiros todos em pontos estratégicos, vou te entregar o mapa de localização.

Dior: E a Cecília e tua mãe? — pergunta, arrumando a arma nas costas. — Preciso deixar a Mel segura também, pô.

Xotinha o olha com cara de tacho e eu respiro fundo novamente.

Xotinha: Não é melhor tirar elas daqui?

Dior: Acho que elas aqui é melhor da gente proteger, longe vai estar apostando na mão dos vapores de contenção, aqui pelo menos nois vê como elas vão estar.

Raridade: Dior tem razão, melhor elas aqui na nossa contenção. — levo a mão a cabeça, coçando ali. — Tem o subtérreo da casa da dona Claudia, que era minha, se as coisas ficarem ruim e eu não tiver voltado, coloca elas lá, fica um de vocês junto e sem contenção na casa pra não dar suspeita.

Xotinha: Vai manter contato como? Nesse tempo fora? — pergunta, levando o cigarro de maconha a boca.

Raridade: Tem o pingente da Penha no meu pescoço que tem o gps, fora aquele celular lá que nois usa. — xotinha assente.

Dior: Vai dar tudo certo, vamos ganhar mais essa.

Assinto com a cabeça, saindo da sala e subindo em casa, pra me despedir das meninas e do bebê, dói o coração ter que sair por uns meses mais é necessário, preciso de aliados se não, não vou ter chance alguma contra o KL.

Subo pro quarto, arrumando uma mala de roupas e colocando as armas e pistola em outra, junto com dinheiro.

Cecília: Onde você vai? — diz entrando, e me abraçando por trás.

Raridade: Vou precisar ficar uns meses fora. — me viro pra ela, que está com os olhos lacrimejando. — Não chora amor, é pro seu bem, pro do bebê também, eu não queria mais preciso fazer isso. — limpo as lágrimas dela, com meus polegares e beijo sua testa, olhando bem seus olhinhos pequenos com a ponta do nariz vermelho.

Cecília: Por causa do KL? Por minha causa né? — funga, voltando a chorar. — Eu não queria te trazer problemas, desculpa amor.

Raridade: Você não trouxe, fica calma. — encho ela de selinhos, iniciando um beijo calmo e parando em seguida. — Eu vou proteger vocês, só preciso que você não saia do morro e fique acompanhada do Xotinha ou Dior, tudo bem? — ela assente com a cabeça. — Eu vou cuidar de vocês dois. — levo a mão a sua barriga. — Mais esse tempo comigo fora, você vai ter que se cuidar, tudo bem? — ela assente novamente. — Eu amo vocês, e quando tudo isso acabar a gente vai tirar férias disso aqui tudo. — ela sorri e eu beijo ela novamente.

Cecília: Eu amo você, por favor... se cuida. —balanco a cabeça em sim e volto a arrumar as coisas.

Seguro a mão dela, descendo as escadas com a mala e vejo minha mãe na cozinha.

Raridade: Vou ficar um tempo fora, preciso que vocês sigam o que eu falei mãe. — beijo a testa dela. — Se tiver invasão vai com a Ceci pra casa da Claudia e desce para aquela passagem que te mostrei quando morávamos lá, tudo bem mãe? — ela assente.

Linda: Se cuida meu filho, mamãe te ama. — começa a chorar e eu puxo as duas pra um abraço.

Cecília: Promete que vai voltar? — diz fungando.

Raridade: Prometo pô, vou voltar pra vocês, cuida do nosso neném e se cuida mãe e cuida deles pra mim.

Linda: Eu vou filho.

Beijo a testa das duas e puxo a Cecília pra deitar em meu peito, que após alguns minutos dorme, subo com ela a pondo na minha cama e beijo os lábios dela, descendo e beijando a testa da minha mãe em seguida, saindo de casa e indo pro carro, junto com cinco vapores, dirigindo em direção a casa do líder da ADA, eu faço de tudo pra proteger elas, e se é preciso de aliar a ADA pra isso eu farei, e quero a cabeça de todos que estão contra mim no CV pra ontem, principalmente a do KL.

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Meu Adeus [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora