23.

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Raridade;

Estaciono no local indicado, depois de passar quatro horas dirigindo direto, arrumo a bandoleira e o fuzil nas costas, descendo do carro e fazendo movimento com as mãos para os vapores irem comigo.

Bato na porta à frente, esperando o Calisto abrir.

Calisto: A que devo a honra? — da passagem para entrar e eu entro com os vapores atrás de mim. — Quando me ligou, dizendo que viria achei que fosse mentira. — coloca whisky no copo, me oferecendo e eu nego. — O que precisa.

Raridade: Da proteção da ADA. — digo de uma vez. — O que você precisa saber é que estou em guerra com o Comando e com o KL da CDD, e você  tem um dívida pendente comigo.

Calisto: Entrou em guerra com o filho do Francês? — ergo a sobrancelha, em forma de confusão. — Não me diga que você não sabia. — gargalha. — Já sei da história e o CV nunca ficaria do teu lado, inclusive eles já sabiam das surras que a garota levava do KL, seu morro pode ser o melhor, mais o KL é protegido do Francês e dos outros, até porque os três são parentes do dono da CDD.

Coço a cabeça irritado, vendo que tudo fazia sentido, levei as provas e mesmo assim eles queriam a Cecília na mão do KL, porra. Fui burro pra caralho.

Raridade: Não sabia, caralho. — ando de um lado pro outro, nervoso.

Calisto: Única forma de ter a proteção da ADA é entrando pra nossa facção e mostrando tua lealdade, você vai estar totalmente contra o CV. — leva o copo a boca e bebe, assinto com a cabeça, concordando. — Uma vez da ADA, sempre da ADA, única forma de sair é morto ou tetraplégico.

Raridade: Tô ligado e eu aceito fazer parte da ADA.

Calisto: Tem uma condição a mais. — me encara. — Quero que tu leve minha filha, e que ela fique na sob tua proteção na Penha.

Raridade: Porque? Já tenho gente demais pra proteger, mais uma estou colocando minha cabeça em uma bandeja. — engulo a saliva. — Qual o teu câo Calisto?

Calisto: Ela tem quatro anos, preciso da proteção dela, e aí?

Raridade: Fechado pô. — aperto a mão dele, que estava estendida.

Calisto: Vou te apresentar aos outros, e tu vai mostrar se merece estar na ADA e se podemos confiar na tua lealdade. — volta beber. — Podem dormir aqui, fiquem a vontade e raridade, seja bem vindo. — sai da sala, e eu me sento.

Espero que seja a coisa certa que eu esteja fazendo, me aliei a Ada e agora tô completamente com um alvo na cabeça, contra o CV.

Só vou descansar quando acabar com a família inteira do KL, tríade filha da puta, sabia que estava estranho, não segui a porra da intuição, agora é esperar, esperar o próximo passo deles, para eu dar o meu, se forma calma e paciente.

Só peço a Deus que cuide o meu bebê e da saúde da Cecília, nunca fui tão próximo, mais agora estou desesperado.

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Meu Adeus [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora