10.

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Raridade;

Termino de escrever no insta de fofoca e dou risada, passa nada aqui, pai sabe de tudo, mais informado que as idosa as seis da manhã fingindo varrer calçada.

Tiro a camisa, colocando ela no ombro e passo o fuzil pras costas, guardando os papéis importantes no fundo falso e colocando de volta certinho.

Fiquei puto pra  caralho, papo de ódio genuíno quando tentam passar por cima de mim, criei os moleque no crime pra estar dando dessas, mó ingratidão fudida, logo perco a paciência coisa de tilt.

Passo pela salinha vendo eles embalarem as drogas e saio da boca.

[...]

18h00.

Observo os cara montando os brinquedos infláveis e ajudo a espalhar as mesas e cadeiras pela praça, os brinquedos estavam na quadra sendo montados.

O palco pra apresentação esta tudo nos conformes, as cestas  básicas já estavam no jeito, as roupas pra doar também, embaladas e com os nomes das famílias pra pegar.

Os saquinhos de doces minha mãe traria, ela vai descer com a Cecília e tô querendo que ela fique comigo e veja que aqui é diferente de onde ela veio.

Outro bagulho que enche a mente de neurose é isso, KL não deu as caras, e é preocupante do jeito que ele é rato já deve estar armando alguma coisa pelas costas... tô sentindo que vai ser um câo do caralho esse assunto.

Xotinha: As casas já foram todas arrumadas, vistoriei tudo, tá no jeito mermo. — bate no meu ombro. — E cobrei os amantes, mó renovação de alma.

Raridade: Tem que buscar as comidas, encomendei lá no bar, jaja a criançada chega e tem que estar tudo arrumado, são três dias..

Xotinha: Tô sentindo que vai render.  — esfrega as mãos em sai.

Xotinha é malucão, mais é firmeza pra caramba o corpo tá aqui mais a mente em outro lugar, tenho que visitar dona Claudia, papo de libertação mermo. Coração tá sentindo que tô criando cobra pra me picar depois.

Saio dali, vendo tudo ajeitado Xotinha tá na contenção das comidas e o restante tudo arrumado, música boa, brinquedos, doces, comida e apresentação pras crianças.

Entro na casa da dona Claudia assim que chego, ela já vem ao meu encontro.

Claudia: Sabia que vinha, estava somente te esperando. — sorri pra mim, apontando pra eu sentar, me sento e sorrio de volta pra ela.

Raridade: Tudo bem com a senhora? — pergunto.

Claudia: Está sim, meu filho. — sorri novamente. —  Filho, deposita sua fé no cara lá de cima... coisas te farão duvidar dele, mais mantenha sua fé nele, tudo tem um propósito na sua vida e são ensinamentos. — ela segura minha mão. — Vão haver coisas incríveis na sua vida, assim como ruins mais tem uma pessoa em especial que vai te ensinar o que há de mais importante na vida, ela vai te dar seu bem mais precioso e aí sim o dever dela será cumprido aqui na terra.

Raridade: O que foi dessa cara em dona Claudia? — pergunto, a vendo de cara feia.

Claudia: Veja bem quem coloca na sua vida e quem você deve confiar, pessoas próximas e gananciosas vão fazer de tudo pra ter o que você tem, ser o que você é! Mais você é único meu filho, o seu coração também, nem todos são bons como você e o principal " o pra sempre são sobre memórias e não pessoas" você pode não entender agora, mais pra frente irá. — ela sorri pra mim novamente.

Raridade: pode deixar dona Claudia, vou fazer tudo certinho. — beijo sua testa. — fica com Deus e aparece na praça, rum.

Ela balança a cabeça.

Claudia: Pode deixar meu filho, vai com Deus. — aceno com a mão e saio.

Se é o que tem preparado pra mim, não posso contestar mais espero que não seja coisas ou dores tão ruins assim, embora leve a vida que levo, ainda sou uma pessoa boa....

Esse aperto fudido no coração, já tô cheio das neurose. Nego com a cabeça e volta pra praça, sorrio bobo ao ver como está bonita.

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" Talvez o pra sempre seja sobre memórias
e não pessoas."

Meu Adeus [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora