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Raridade;

Solto um sorriso bobo para a filha do Calisto e arrumo minhas coisas pra meter o pé pro morro, já está na hora de voltar e já estou bem melhor das surras que levei, tenho que pular pro morro, resolver o cao e depois voltar pra cá buscar ela, se ele pediu a proteção dela é porque tem algo acontecendo.

Coloco tudo no carro e vejo os caras entrando nas outras vans ao total da sessenta caras mais os dois líderes do comando, com a exceção do Calisto que não vai. Visto o colete por baixo da blusa e já deixo o fuzil atravessado no corpo, encostando minha cabeça no vídeo do carro e fechando os olhos, fazendo uma oração mental novamente.

[...]

18h00

Chego no morro vendo de longe o caos que está, por sorte mermo deixei o projeto de evacuação nas casas pro xotinha fazer, e ele fez mermo.

Raridade: Bora entrar pela entrada mesmo, quando já tivermos passado pode se separar, 15 pra casa lado. - ajeito o fuzil. - Pode meter bala em geral do CV, menos os líderes e o KL que quero vivo.

- Certo chefe, bem vindo a Ada. - dizem em uníssono.

Me posiciono pra entrar, no meio dos caras que iriam comigo, que estavam me dando proteção, sorrio e seguro o fuzil para frente, subindo correndo com eles e atirando em geral do CV que vinham de encontro com a gente.

Não sei a quanto tempo de guerra teve, o que me diz pelo estado que se encontra o morro que fazem alguns dias, o tanto de vapor meu no chão é enorme, mais tem bastante do CV também.

Só espero que o Xotinha esteja bem e as meninas também.

Continuo subindo correndo, atirando em geral só na cabeça pra não ter chance de sair vivo mermo.

Raridade: Pode subir pelo meio do morro, tá liberado. - falo no radinho, sem parar de subir.

Fafa: Eles estão na frente da tua goma, russo, português, francês e KL. - diz ofegante. - O teu sub tá lá também.

Zulu: Já liberamos mais da metade do morro, só tem os lá de cima mermo.

Raridade: Zulu, cerca a casa sete da rua dois, ninguém entra e ninguém sai, pode meter bala em que aparecer para entrar. - ele responde com um ok e eu subo pra minha casa.

Avisto eles parados ali com o Xotinha todo arregaçado, mais não morto.

Russo: Olha quem deu as caras. - ri. - Era só ter dado a garota porra.

Raridade: Deixei bem claro que não daria ela. - sorrio amarelo. - Entraram em guerra porque quiseram, pô!

KL: Ela é minha está entendo? Minha. - diz alterado. - Devolve ela! Você não tem forças contra o CV, está sozinho e vai morrer.

Gargalho alto, vendo eles me olharem e logo apontarem as armas para mim.

Raridade: Como vocês são patéticos! Eu não viria aqui sem ter um plano... não sou burro igual a vocês que são líderes de um comando inteiro e um dono de morro fajuto porque tua gestão é uma merda, e eu vou estar fazendo um favor ao matar você e tomar teu morro.

Olho o português me encarando e o encaro de volta, dando um sinal sútil com a mão por pela minha costa para os caras rodearem eles na miúda.

Português: Jura memo que vai matar teu pai? - da risada. - Tua mãe era mó gostosa, foi bom demais ouvir os pedidos de socorro dela enquanto eu a fodida sem dó.

Pego a pistola, atirando direto na cabeça dele, vendo os outros engatilharem a arma.

Raridade: A Penha faz parte da ADA, e a ADA do Calisto caça membros do CV. - sorrio maldoso. - Podem levar eles para salinha branca de tortura, com o som no máximo.

KL: Eu vou te matar quando sair de lá, escreve o que estou te falando.

Grita, e eu dou risada vendo eles serem levados, vejo Dior chegar do meu lado e o encaro, dando alvará pra levarem ele também.

Tô ligado que foi mais fácil de levar eles por causa dos dias que eles trocaram tiro, peço pra uns caras levarem o Xotinha para o postinho de baixo do morro e desço correndo para a casa da Claudia, vendo o Zulu ali.

Zulu: Um tal de Dior queria entrar e mandei meter um pé. - bato no ombro dele, agradecendo.

Raridade: Valeu! - sorrio, de maneira cansada, estou melhor mais não 100% das torturas.

Zulu: Vamos recolher os corpos e ficar na contenção do morro, Calisto mandou ficarmos por aqui mesmo. - assinto com a cabeça.

Entro dentro da casa e procuro o piso falso da cozinha, abrindo ele e sendo recebido com um tiro no ombro.

Raridade: Porra! - levo a mão ao ombro.

Linda: Filho?

Raridade: Sou eu mãe, pode sair.

Vejo elas sairem e a Melanie me encarar com cara de culpada.

Raridade: foi tu né piranha?

Melanie: Foi malzinho Rari, achei que fosse o Dior ou algum inimigo. - leva as mãos no cabelo, prendendo em coque.

Com a mão livre ajudo a Cecília subir e sem me preocupar com a dor, a abraço apertado sentindo as lágrimas sairem dos meus olhos, pouso minha mão em sua barriga, beijando seus lábios em seguida.

Raridade: Voltei amor, voltei pra você. - sorrio. - prometi cuidar de você.

Cecília: O que fizeram com você? - pergunta, me analisando. - Olha seu rosto... - sinto suas lágrimas em meu ombro e a abraço.

Tiro elas dali e subo para a casa, vendo eles começando a recolher os corpos na rua e a fazer a lavagem para a limpeza do morro, tenho que descer jaja ver como o Xotinha está.

Deixo elas em casa e desço para o postinho de fora do morro, adentrando o mesmo e indo direto para sala que ele está, sabendo que nenhum tiro dele ficou alojado e os dois foram de raspão.

A enfermeira faz um curativo em mim e eu me sento ao lado dele, esperando ele acordar.

[...]

Raridade: Acordou bela adormecida. - digo rindo, vendo a cara de louco dele.

Xotinha: Morri e fui para o inferno? - questiona.

Raridade: Tipo isso. - dou risada.

Passamos a maior parte do tempo conversando, pondo o papo em dia, ele ficaria no hospital por uma semana, então voltei para casa deixando Melanie como acompanhante dele.

Sobre os donos e o KL, torturei eles por semanas, até implorarem para morrer e só assim atirei na cabeça deles, fazendo o CV virar da ADA.

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Meu Adeus [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora