27.

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Xotinha;

Passo a arma pelas costas colocando na frente do meu corpo, péssima hora caralho pra invasão.

Xotinha: Consegue correr Linda?

Linda: Consigo meu filho, mais a ceci não. — diz, apontando pra ela.

Cecília: Eu posso tentar. — os barulhos de tiros aumentam e eu a pego no colo, passando seu braço pelo meu ombro.

Olho a Melanie vindo correndo e a entrego a pistola do cos da minha calça, respirando fundo pra ficar calmo.

Xotinha: Presta atenção, se ver alguém de vermelho atira, nem pensa põe a arma pra cima e atira, corram e corram rápido.

Começo a correr com a Cecília pelos becos que deixei aberto, vendo as garotas vindo atrás Melanie tremia pra caralho, os barulhos dos tiros estavam cada vez mais altos e eu nervoso demais, levei elas pra consulta e dois dos que estavam na entrada C estão mortos, ou seja tem x9.

Avisto a casa da dona Claudia e entro, vendo ela toda vazia coloco a Cecília no sofá e procuro pelo chão da cozinha a entrada para descer, achando o piso solto.

Xotinha: Com toda certeza eles irão entrar nas casas, preciso que vocês façam silêncio. — engulo a saliva. — Não sei quanto tempo vai durar mais estamos em minoria, e o Raridade não voltou.

Melanie: Ai que merda, porque me deixaram aqui.

Linda: vou pegar alguns cobertores. — vai ao quarto rapidamente e volta com cobertas e travesseiros.

Cecília: Estou com um pressentimento ruim, toma cuidado Xotinha. — ela sorri pra mim. — Eu sei que você é meu irmão. — diz com lágrimas nos olhos.

Xotinha: Co...como descobriu? — pergunto, engolindo em seco.

Cecília: Na próxima vez deixa os papéis escondidos. — sorri, limpando as lágrimas e eu beijo a testa dela, a abraçando em seguida.

Xotinha: Agora desce. — a ajudo por cima a descer e depois as outras duas descem, desço o fuzil que estava atravessado no meu corpo, para elas. — Eu vou bater duas vezes quando voltar, se aparecer alguém que não fizer isso, atirem, não pensem só atirem.

Nem deixo elas falarem nada, saio da casa correndo, sentindo a chuva cair sob meu corpo, desço para boca me escondendo pelos cantos, vendo o CV subindo com a CDD, entro ali e pego a arma e a munição colocando o colete e depois eles atravessado nas costas.

Xotinha: cadê o Dior? — pergunto, no radinho na geral pros vapores.

K2: está por aqui não chefe! Eles estão subindo, para a casa da dona Linda.

IP: Eles não estão entrando pela entrada, estão indo pelas outras. — suspira. — Dior provavelmente está com eles Xotinha, eles estão em maioria e estão entrando pelas outras entradas.

Xotinha: Mete bala, só isso. — coloco o fuzil pra frente, saindo da boca e atirando nos caras do comando à frente. — Mandem radinho quando acharem os chefes do comando e o KL.

Saio correndo, vendo os caras em cima das casas e solto o ar que estava prendendo. Se o Dior estiver junto, provavelmente sabe onde elas estão escondidas, só não sabe o local exato.

Filho da puta, por isso ele quis deixar a Melanie aqui, agora tudo faz sentindo. Xotinha burro do caralho, como deixei passar.

***

Já estamos em três dias seguidos trocando tiro, não sinto meus braços e estou cansado pra caralho, não tive tempo de ir ver como elas estão e nem levar nada, eles estão em maioria agora.

Russo: Olha quem eu achei. — viro meu corpo, encarando os três.

Xotinha: Que desprazer, poderíamos nos encontrar em formas diferentes, por exemplo quando eu estourar a cabeça de vocês.  — dou risada.

Putão: Acho que está na hora de eu me vingar né. — ri, atirando em meu ombro.

Sinto a ardência e não esboço nenhuma reação.

Francês: Diz onde está a garota e eu poupo sua morte, já que o seu chefe meteu o pé, raridade sabe que não tem chance contra o CV e deixou você para trás. 

Xotinha: Tenho cara de baba, caralho? Vou saber onde ela tá, se liga cuzão.

Sinto a ardência de outro tiro e meus olhos fecharem, enquanto sinto mãos me segurando.

Meu Adeus [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora