Capítulo 07

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MAJU

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MAJU

Terminei de trocar o soro da paciente, anotando na ficha o horário que foi realizado e sai do quarto, permitindo que continuasse o seu sono. A quem diga que esta é uma tarefa inferior ao meu cargo, mas eu não me incomodo nenhum um pouco em fazer coisas assim no meu tempo livre.

Gente, por favor. São quatro horas da manhã, com o hospital incrivelmente tranquilo. Hoje, graças a Deus, não ocorreu nenhum acidente ou troca de tiros em qualquer comunidade próxima. Como consequência, estamos tendo um plantão ao se comparar com outros que são uma loucura completa.

Depois do meu plantão de quarenta e oito horas, quase que seguidas, por causa da fuga que Coringa tanto se orgulha, esse daqui está parecendo até um sonho. Aquele dia realmente foi um inferno, diversas perdas, a maioria das áreas de cabeça para baixo, tudo nas minhas costas, junto da responsabilidade de dar as notícias trágicas. As salas de espera lotadas, tomadas por choro, rezas e orações, com um clima bem pesado.

Coringa, aquele homem repugnante. Nunca vou esquecer do seu sorriso presunçoso quando comentei do acidente, antes de especificar as perdas. Se fosse em qualquer outro momento, aquele sorriso de ladinho, com a postura toda séria teria deixado a minha calcinha em grandes apuros. Ele é gato? Muito. Gostoso? Mais ainda. O pior é que sabe disso e fica se garantindo, achando que é o dono da porra toda.

Odeio gente que é assim, que se acha o último biscoito do pacote.

Aquele tal de Grego, amigo dele, é outro. Embora não tenha falado a metade das merdas que o outro falou, é claro que é sem noção também. O jeito que ficou do meu lado apenas para chamar a minha atenção, ou como veio com o papo sútil de perguntar o nome e querer da o vulgo em troca.

As mesmas táticas de sempre, que usam com qualquer puta por aí. Nada contra, cada um usa o seu corpo como bem entender. Eu que não me vejo, em nenhuma hipótese, deitando com qualquer pessoa, muito menos bandido, apenas por dinheiro e status. Ser marmita de bandido não é para mim não, passo bem longe disso.

Não consigo me imaginar como primeira dama da comunidade, imagina como mais uma da lista. Estou fora.

Se bem que um lance proibido, um pente rala sem que ninguém saiba, não faz mal. Algo que fique apenas entre quatro paredes e eu possa matar a minha curiosidade, ou o desejo de percorrer as minhas mãos pelo seu corpo quase que perfeito.

Que foi? Eu fiz uma cirurgia com um homem sem camisa na minha frente, totalmente confortável. Se não fosse mais do que boa naquilo que faço, as coisas teriam ficado complicadas.

__ Merda Maju, ta maluca?--- Perguntei a mim mesma, balançando a cabeça em sinal de negação.

Eles são uns babacas arrogantes, isso sim. Totalmente prepotentes, se acham donos do mundo, mas duvido que saibam ao menos lavar a própria cueca. De encosto eu estou correndo, principalmente aqueles que tem uma cintura ignorante.

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