" _ Você é nossa agora, porra. Primeira dama da Rocinha e da facção, quem não gostou que se foda, mas o nosso amor é foda e apenas nosso. "
"-Ela é a minha que geral quer. Uma deusa no corpo de menina, com cabeça de mulher e com forças para lutar pe...
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MAJU
Sentei na bancada da cozinha com a vó, vendo ela colocar a travessa com o arroz de forno no apoio. Sorri, sentindo o cheiro maravilhoso adentrar as minhas narinas de uma forma que a minha barriga logo deu sinal de vida, arrancando uma gargalhada gostosa de nós duas.
Ontem a noite, depois que fui pra faculdade, guiei direto para casa e dormir no quarto da minha vó. As vezes eu sinto saudades do cheirinho dela, de dormir abraçadinha com a minha coroa. Noite passada foi um desses dias e eu, logicamente, logo fui atrás de aconchego. Dona Ana pode até ter reclamado no início, mas sei que ela gostou.
Hoje acordei logo cedo, umas nove horas da manhã já estava de pé. Como a dona Mariana está trabalhando no salão, fui sozinha para a academia. Fiquei de fone o tempo todo, ajuda muito a ignorar as piadas sem graça. Se bem que hoje não foram tantas, estavam bem mais educados do que o normal, o que é uma grande novidade.
Aproveitei e passei no salão da Mari, coloquei a minha hidratação em dia, assim como me permitir fazer as unhas. Coloquei acrigel, porque sou apaixonada demais, mas foi naquele formato redondo e nada muito grande para não machucar os pacientes.
Quando cheguei em casa, minha vó estava terminando o seu arroz de forno que diga de passagem, é maravilhoso em todos os sentidos da palavra. Acabou que me distrair conversando com ela, agora vamos comer e depois eu tomo o meu banho.
__ Nossa, vó, está com um cheiro muito bom.—- Elogiei, pegando um bom pedaço e colocando no prato.
Normalmente eu não sou de comer muito, mas isso está com uma cara tão boa que vou até abrir uma excessão e comer um pouco a mais. Não vai matar ninguém, não tem nada de errado, apenas tudo de certo.
__ Eu percebi, sua barriga me contou isso.—- Falou com o seu jeitinho simples e nós duas acabamos por gargalhar.
Estou com fome, gente. Acontece sempre, com todas as pessoa.
Minha vó montou o seu prato também e assim fomos para a sala, colocando em uma novela mexicana do sbt. Noveleiras toda vida, respeitem a gente.
Quando fui dar a minha primeira garfada, alguém bateu na porta com força, não me dando outra escolha que não fosse deixar o prato na mesinha de apoio e ir atender o ser humano que interrompeu o meu momento sagrado.
__ JÁ VAI.—- gritei quando o ser humano voltou a da outro tapa forte.
Abri a porta, vendo se tratar do coringa. Soltei a minha melhor cara de deboche, colocando a mão na cintura e apoiando o peso do meu corpo na perna direita.
__ Quebra essa merda de uma vez.—- Ironizei.
__ Se liga, rapa.—- Implicou comigo, levando a mão até o meu cabelo e bagunçando eles.—- Sou teus de fé pra tu falar assim comigo não.
