Capítulo 38

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MAJU

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MAJU

Resmunguei alto, colocando a mão na cabeça. Massageio minhas têmporas, procurando ajudar um pouco nessa dor de cabeça horrível. Abri os meus olhos, piscando com a pálpebra diversas vezes até me acostumar com a claridade.

Respirei fundo, sentindo o meu cabelo úmido. Ao pegar para cheirar, senti um cheiro que não me agradou nem um pouco, ele não está cheiroso como deve ser. De primeira senti o meu estômago embrulhar, mas consegui segurar bem. Minha manhã já está sendo péssima, vomitar agora só vai tornar tudo ainda pior.

Preciso passar o dia bem, essa noite tem a inauguração da ong. Depois de um tempo nesse projeto tão lindo, doando-me por inteira, finalmente chegou a hora de colher os frutos. A comunidade toda está em festa, com a mesma expectativa ou até mais. Devido a tudo que tem acontecido nesses últimos dias, acredito que geral mereça essa semana mais de lazer.

Falo isso por mim, também. Minha vida normalmente é agitada devido a minha rotina, raramente tenho tempo só pra mim, só pra lazer. Esses últimos dias então, quase não estava tendo tempo para dormir. Isso porque estava na correria do baile, finalizando algumas coisas da ong, preparando tudo para a inauguração da mesma e o mais especial de tudo, os preparativos da minha formatura.

Pois é, bebês. Amanhã a noite, a mamãe aqui estará formada. Mal vejo a hora de fazer o juramento, ser realmente uma médica. Colher os frutos do meu sacrifício e esforço nos últimos anos, porque passando a visão, a caminhada foi sacrificante, mas sei que tudo vai valer a pena.

Ainda atendia o pessoal da comunidade e tinha no meu coração a extrema necessidade de tomar uma atitude. O hospital não é mais o meu lugar. Fui extremamente feliz lá, jamais vou me esquecer da sensação de entrar ali pela primeira vez para estagiar tudo. A emoção de atender o primeiro paciente, ou de quando fui promovida. A dor por dar a notícia de uma morte, a felicidade ao anunciar que uma cirurgia foi bem sucedida ou que um paciente está bem.

Essa caminhada foi regada de altos e baixos, momentos bons e maus. Mas a vida é assim né, composta de sorrisos e lágrimas. Uma jornada que foi boa para mim, mas que já chegou ao fim. Sei que essa, dentre todas, é a melhor decisão que eu poderia tomar.

__ Boa tarde, morena.—- Sinto uma mão na minha cintura, com um corpo atrás do meu que aos poucos vai beijando toda a lateral do meu pescoço.

__ Rafa.—- Minha voz saiu totalmente manhosa quando o chamei.

__ Fala, minha rainha.—- Subiu uma de suas mãos até o meu cabelo, fazendo um carinho pelo meu coro cabeludo.

__ Eu tô morta.—- Joguei o meu corpo no seu, sentindo o seu abraço ao mesmo tempo que a sua risada ecoou de uma forma mais branda.

__ Vivona aí.—- Implicou.—- Fala assim não, vivo sem tu não.

__ Então me dá um banho.—- Feito um neném manhoso, joguei o meu corpo para o lado e abracei a sua nuca. Fiz uma carinha fofa, sabendo que ele nunca resisti quando a faço.

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