Capítulo 27

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MAJU

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MAJU

Coloquei uma música para tocar no carro, saindo com ele do hospital. São, aproximadamente, duas horas e meia. Estou saindo hospital apenas agora, após um plantão de quarenta e oito horas mais ou menos.

Aconteceu uma batida de carros na avenida Brasil, ficando na altura de Realengo. Como é de se imaginar, os feridos foram levados para o hospital mais próximo, Albert Einstein. Depois de quatro dias regados de lazer, a gente volta encarando um plantão de dois dias completos. Foram pouquíssimas horas para dormir, muito menos para me alimentar.

Vovó vive chamando a minha atenção com isso, afinal é a minha saúde. Mas realmente não é minha culpa, não é algo que faço de maldade, eu apenas esqueço de comer. Em meio a correria de atender pacientes, manter a equipe organizada, todos os setores atendidos, falar com familiares de paciente e garantir o material para trabalhar. Almoçar, cuidar de mim é o meu último pensamento e passa bem longe de ser prioridade.

Sei que isso não é o certo, mas acaba me fugindo da mente. Dona Ana, sempre que estou longe, fica me ligando com frequência para garantir que eu vá me alimentar corretamente. Mas tem vez que eu não consigo nem atender de tão agitado que o dia fica.

Quando parei no sinal vermelho, rapidamente mandei uma mensagem para minha vó, avisando que estou indo embora. Depois disso foi só pegar a avenida Brasil e seguir. Quando não está tendo trânsito, faço o meu trajeto em uns vinte minutos. Quando tá engarrafado, aí eu realmente me ferro. Graças a Deus hoje o dia está tranquilo, então não vou demorar tanto.

Como o meu celular está conectado no bluetooth do carro, a ligação de minha vó logo apareceu no visor do painel. Atendo ela e deixei na caixa de sim mesmo, é bem mais seguro do que atender com o celular no ouvido mesmo.

__*__

__ Oie, vó.—- Cumprimentei ela, fazendo a volta com o carro.

__ Filha, vem pra casa da Ingrid. Estou aqui com a Mari e o Bily, não fiz comida em casa.—- Contou ela.

__ Não vó, eu peço uma quentinha. Só quero tomar um banho e dormir, estou exausta.—- Argumentei.

__ Não, Maria Júlia. Te conheço o suficiente para saber que vai dormir sem nem comer. Vem pra cá que a vovó já está esquentando a sua comida.

Revirei os meus olhos, dando-me por vencida. Quando minha vó me chama pelo nome, é sinal que ela está irredutível e por mais que eu tente, ela não vai mudar de ideia. Olha que no início eu tentava muito, vocês não tem noção do quanto.

__ Peça, ao menos, que alguém vá lá em casa e leve uma roupa para mim. Preciso muito tomar um banho.

Sai do hospital sem tomar banho, afinal estava bem movimentado. Até iria ficar mais, mas a minha supervisora me mandou em bora e eu não tive uma outra opção que não fosse acatar sua ordem.

Nosso Inacreditável AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora