Capitulo 34

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MAJU

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MAJU

Coloquei o número de telefone no bolso do delegado, soltando uma piscadinha antes de sair. Estava quase surtando, afinal ele não parava de dar em cim de mim, sendo com elogios, de uma forma sútil ou não.

Precisar fingir que estava gostando das suas cantadas, sem dúvidas foi o fim do mundo para mim. Olha, o que a gente não faz por amor a um lugar, amor pelo nosso lar.

Meio em dúvida ainda, ele apenas paga a conta e me segue de volta pra a delegacia. Ficamos em uma cafeteria bem pertinho mesmo, então rapidamente chegamos e ele foi concluir os seus serviços ao perceber que o que eu queria dele já consegui.

Pois é, essas cantadas baratas não funcionam comigo.

Peguei o registro do boletim, encontrando com a minha amiga e saindo da delegacia. Já começamos a conversar sobre como foi a missão das duas, que acabou sendo um perfeito sucesso para a nossa alegria. Ela conseguiu entregar o número e os meninos já mandaram mensagem, avisando que os dois entraram em contato.

Confesso que de início eu senti um pouco de medo, não queria ser descoberta é muito menos começar a ser investigada por associação ao tráfico. Por mais que pareça loucura, na hora do nervosismo a nossa mente pensa em diversas coisas, sem contar que não seria tão louco disso acontecer.

Agora, a maravilhosa sensação que me toma é de dever cumprido. Um enorme fardo saiu dos meus ombros, dando lugar a um alívio absoluto por saber que não teremos mais invasões surpresas. Que isso, com toda certeza, vai ajudar salvar a vida de várias pessoas.

Entrei na medicina com o propósito de salvar vidas, salvar pessoas. Agora, mesmo que de uma forma diferente, é exatamente isso que tenho feito. Para alguns pode até ser por meios errados, eu não estou me prendendo nessa percepção do que se pode ou não fazer. Quando o assunto é salvar vidas, o importante é conseguir fazer isso.

__ Aí amiga, que bom que conseguimos.—- Mari, com a feição bem mais aliviada, falou.

Com um leve manear de cabeça concordei, pagando o nosso açaí. Precisamos comemorar, de alguma forma, o sucesso do nosso plano.

__ Nem me fale, estou tão feliz.—- Sentei com ela em uma das baquetas da loja, encarando o movimento das pessoas.

__ Eu também, vou até comemorar essa noite.—- O sorriso ladino que ela soltou já entregou a forma que ela iria comemorar.

Bem, não posso julgar minha amiga. Pensei em fazer a mesma coisa, afinal qualquer desculpa é mais do que válida para estar nos braços daqueles dois.

__ Otaria.—- Com o guardanapo fiz uma bolinha, jogando nela que desviou ao mesmo tempo que ria.—- Você tá sempre se enroscando com o Rato, precisa nem de desculpa.

__ Ele é magrinho, mas fode bem que é uma beleza. Tenho culpa não, tô gamadona já.—- Confessou sem medo nenhum.

__ Perdemos mais uma soldada.—- Lamentei, pegando uma colher do açaí e levando a boca.

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