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[Louis POV]

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[Louis POV]

O maior absurdo de toda essa situação é Martha realmente pensar que tem alguma chance contra mim, entretanto eu não sou idiota. Sei que propor uma troca entre a vida do meu pai e a de Harry é apenas uma armadilha para me atrair, pois enquanto eu me distraio resgatando Mark, o meu namorado fica vulnerável sem a minha proteção. Tão previsível.

Saber que meu pai está à mercê de uma vampira terrivelmente excêntrica, passando fome e sofrendo agressões físicas me deixa transtornado de raiva e, como se isso não bastasse, ainda terei que deixar o anjinho aos cuidados de John para ir em socorro de Mark. Não é que eu não confie no meu padrinho ou na barreira de proteção que está erguida ao redor da propriedade, a questão é que só me sinto 100% tranquilo quando Harry está comigo, porém nessa circunstância é impossível mantê-lo junto a mim. Então mesmo sob os protestos e manhas do garoto para nos acompanhar, dessa vez precisei ser firme com ele ao fazê-lo entender que vir conosco colocaria não apenas a sua vida  em risco como a dos outros envolvidos, e que sua presença me deixaria insuportavelmente preocupado e isso impediria a minha concentração total.

Confesso que foi extremamente difícil deixá-lo pra trás. Ver seus olhinhos verdes transbordando de angústia e ter seu corpo trêmulo em meus braços enquanto me implorava pra voltar logo para ele, me fez odiar ainda mais o clã de Peter. Ele é tão puro e inocente, com certeza não merece passar por toda essa merda, por isso mais do que nunca, estou decidido a acabar de vez com essa palhaçada, nem que eu tenha que ir ao inferno atrás de cada vampiro que insiste em machucar Harry, dessa vez nenhum deles irá sobreviver.

Depois de um longo beijo de despedida e muitas lágrimas do meu namorado, engoli o nó que se formou em minha garganta e segui junto com Luke ao encontro de Martha para finalmente dar um basta nessa perseguição sem fundamento.

Eu cheguei a sugerir de ir sozinho pois seria muito egoísmo colocar o meu amigo em risco dessa forma, afinal essa briga é minha, não dele. O que foi em vão, visto a teimosia e lealdade dele tanto à mim, quanto ao 'seu' linguinha afiada.

O idiotão como é carinhosamente chamado por Harry, sequer deu ouvidos a minha sugestão e foi o primeiro a se munir de algumas estacas de madeira, as quais guardou nos bolsos do jeans largo que está usando e, depois de se despedir com um breve abraço em John e um mais apertado seguido de um mostrar do dedo do meio para o mais novo, Malak saiu em disparada em direção ao meu carro pra juntos irmos encontrar o clã vingador.

Não. Não temos um plano, tampouco arquitetamos uma estratégia. O tempo é curto e a prioriedade é salvar o meu pai e matar todo mundo abusando das minhas habilidades.

Viajamos os 5 km em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos. O bréu da noite consome a estrada vazia, sendo iluminada somente pelos faróis do carro que praticamente voa na pista devido a alta velocidade.

Assim que chegamos no local, sinto meu corpo retesar. Eu desço do carro, me aproximo de Luke e seguro seu braço.

— Fica aqui fora Luke, não quero te pôr em risco – o mero pensamento que algo possa lhe acontecer faz meu coração contrair, já perdi muitas pessoas importantes na minha vida e há décadas Malak tem sido meu amigo mais próximo e confiável. — Me dá cobertura e se eu precisar, você vai em meu socorro. – Explico e o vejo sorrir revirando os olhos.

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