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Sou obrigado a concordar com o ditado popular que diz que "não há nada pior do que brigar sozinho"

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Sou obrigado a concordar com o ditado popular que diz que "não há nada pior do que brigar sozinho". O desgosto de discutir com alguém que apenas te encara sério e indiferente te faz sentir-se ainda mais irritado.

— Puta merda Louis, estou cansado dessa vida monótona – me exalto mais uma vez. — Cansado do seu egoísmo.

— Meu egoísmo? – Ele se manifesta pela primeira vez desde que invadi o seu escritório há dez minutos atrás despejando sobre si toda a minha frustração.

— Sim, seu egoísmo – continuo, exasperado. — Você quer provar seu poder sobre os seus "súditos" – faço aspas com os dedos. — E me usa para tal. Faz mais de um mês que estou trancado com você dentro dessa mansão opressora e olha a surpresa! – exclamo. — Ninguém tentou me matar. Estou começando a achar que você já resolveu a questão com o clã de Peter e está me mantendo aqui porque está de saco cheio da sua vida de merda e quer a minha companhia para se sentir menos miserável.

Realmente depois da tentativa de sequestro há um mês atrás não tivemos mais notícias do clã vingador e mesmo assim Louis não permite que eu volte para o meu apartamento. E é óbvio que estou perdendo a cabeça por causa disso.

— Sinto falta dos meus amigos, das baladas e da diversão – prossigo e ele apenas me observa em silêncio com os braços cruzados. — Se seus dias se resumem em ler e ficar trancado dentro dessa casa eu sinto muito por você, mas não quero isso para mim. Quero liberdade, aventuras e se surpreenda, quero sexo, o que afinal de contas talvez você sequer lembra o que é.

Sei que estou extrapolando os limites e que estou cada vez mais alterado, mas foda-se eu só quero ir embora daqui. Ando de um lado para o outro enquanto vomito palavras insensíveis, tentando inutilmente colocar para fora todas as minhas frustrações.

— Até quando você pretende continuar com essa baboseira? – pergunto irritado. — O líder supremo precisa mostrar o seu poder e..

Antes mesmo que eu acabe de acusá-lo uma chave voa em minha direção, surgindo não sei de onde me fazendo usar meus reflexos para pegá-la no ar.

Olho em dúvida para Louis e ele me lança um olhar tão cortante que sinto minha respiração falhar.

— Tem uma moto na garagem, não precisa devolvê-la, aceite como um agradecimento pela sua adorável companhia durante esse mês em minha mansão sombria – engulo em seco pelas palavras proferidas em tom debochado. — Você tem razão Harry, eu sou o líder supremo e não preciso da aprovação de nenhum dos meus súditos – ele frisa a palavra súditos. — Assim como também não tenho obrigação nenhuma de manter vivo um garotinho mimado e ingrato.

Louis levanta e vem calmamente em minha direção parando a poucos centímetros de me tocar.

— Vou sair e quando voltar espero não te ver na minha casa, a partir de agora você está por sua conta e risco.

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