Vampire!Louis.
Louis Tomlinson já estava acostumado a viver na solidão, afinal, ser um vampiro é a sentença ideal para alguém tão amargo e frio como ele. De fato, morar longe da civilização em uma mansão duvidosa perto de uma floresta que exala per...
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— Ainda não entendi como você me convenceu a te dar um celular. – O vampiro resmunga irritado provavelmente consigo mesmo por ter cedido.
— Já te disse que são os meus lindos olhos verdes. Posso te hipnotizar com eles mesmo eu não sendo vampiro. – Retruco sem levantar os olhos do aparelho que estou segurando.
— Estou quase acreditando nisso. – Ele murmura baixinho, mas não lhe dou atenção.
Ficamos em silêncio por longos minutos até que me canso de mexer no celular e falo empolgado:
— Sabe no que eu estava pensando?
Reparo que ele colocou óculos escuros e vê-lo dirigir com o semblante concentrado e com as mãos fortes segurando firmemente o volante me rouba o fôlego. Seus cabelos estão uma verdadeira bagunça, fios jogados para todos os lados desmanchando aos poucos seu topete impecável. Não posso negar que isso só o deixa ainda mais atraente.
— Não sei, mas suponho que você irá me contar de qualquer maneira. – O vampiro permanece com o olhar na estrada e eu sinto uma vontade avassaladora de xingá-lo.
A acidez desse homem é tão grande quanto a sua beleza. E isso me frustra, pois ao mesmo tempo que gostaria de socar a sua cara carrancuda, também não consigo parar de admirar seus traços suaves.
— Esse carro é conversível, não é? – o vampiro assente com a cabeça sem responder e eu continuo: — Ótimo! Então vou abaixar a capota e me levantar para sentir o vento em meu rosto enquanto o sol se põe no final da estrada como nos filmes.
Sinto meus olhos brilharem em expectativa, sempre quis fazer isso.
— Ah, mas não vai mesmo – ele reclama e olha para os meus dedos que já estão no botão do painel. — Não ouse apertar esse botão, Harry!
Ele tira uma das mãos do volante e tenta afastar os meus dedos, mas eu a empurro de volta. Solto uma risada ao ver seu olhar cortante em minha direção.
— Olha, ele lembra o meu nome. – Provoco antes de desobedecer e apertar o botão.
Imediatamente o teto se abre e o vento assopra com força contra as nossas cabeças. Sorrio satisfeito mas logo reviro os olhos quando ouço os murmúrios do homem rabugento ao meu lado.
— Garoto, fecha isso agora! Esse carro não é brinquedo.
— Você falou alguma coisa? – Grito contra o vento, fingindo que não o ouvi.
Ele me fuzila com o olhar e eu aumento o volume do som pondo-me em pé com os braços abertos cantando em plenos pulmões a música animada que toca.
A imagem à minha frente é no mínimo estonteante. Tudo que vejo é uma estrada reta, sem carros, pessoas ou lojas. Um verdadeiro deserto eu diria, mas nada tira a beleza do lindo sol que se põe preguiçosamente no horizonte. Os raios fracos atingem o meu rosto e posso sentir seu calor impregnar por minha pele. Tão macio e tão quente. Eu gosto disso.