23

4.5K 583 877
                                    

Aviso ⚠️: Esse capítulo possui conteúdos sensíveis como sequestro, violência, agressão física e menção de ataque de pânico

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aviso ⚠️: Esse capítulo possui conteúdos sensíveis como sequestro, violência, agressão física e menção de ataque de pânico. NÃO tem abuso sexual.

Solto um gemido de dor ao que tento abrir os olhos, minha cabeça lateja e tudo parece girar, então os fecho de novo e respiro fundo pelo nariz, em seguida solto devagar pela boca. Dessa vez tento abri-los com cautela para não provocar mais nenhuma onda de náusea. Olho em volta e não consigo identificar muita coisa, o local está praticamente envolto em escuridão, apenas dois ou três feixes de luz atravessam as tábuas do teto.

Ouço o barulho de um motor e aguço meus sentidos, aos poucos sinto um cheiro forte de maresia atingir minhas narinas e um balanço constante faz meu estômago embrulhar. Me levando a crer que estou no porão de um barco.

Porra! O que estou fazendo em um barco? Me pergunto sem conseguir organizar com coerência meus próprios pensamentos.

Minha boca está seca e com as costas doloridas por estar deitado no chão duro, me remexo desconfortável até conseguir sentar e novamente solto um gemidinho de dor.

— Harry? Você acordou! Graças aos deuses, pensei que estivesse morto. – Niall diz em um só fôlego e eu o busco com os olhos no meio do breu.

Quando o vejo encolhido em um canto parecendo um bichinho assustado, com os olhos arregalados e visivelmente apavorado, meu coração se contrai, pois é nesse instante que a realidade atinge como um relâmpago a minha mente e as lembranças do nosso sequestro voltam a me assombrar.

Tento ficar em pé, porém a fraqueza não permite, abaixo novamente até o chão e rastejo até chegar perto do meu amigo.

— Você está bem, dude? Eles te machucaram? – Pergunto apalpando seu corpo em busca de algum ferimento, ele nega com a cabeça parecendo estar em transe.

— Estou bem – responde com voz lenta. — Mas me sinto estranho, sabe? – olho-o sem entender o que quer dizer. — Eu sei que fomos sequestrados e que estamos reféns em um barco, no entanto não sinto nada, nem medo, nem temor. Pensei que se um dia algo do tipo acontecesse comigo eu entraria em pânico – explica. — E foi o aconteceu no começo quando vi um daqueles homens bater com força em sua cabeça. Eu passei a gritar e me debater tentando escapar, até que a loira mandou que eu me acalmasse e não sentisse nada além de aceitação.

A filha da puta hipnotizou o meu amigo, se bem que talvez seja melhor assim. No momento não tenho condições para lhe dar as explicações que sei que ele merece.

Niall fica em silêncio e recosta a cabeça na parede, me sento ao seu lado e me permito analisar nossa situação, sei que não adianta gritar ou tentar fugir, esses vampiros vingativos são infinitamente mais fortes do que nós dois juntos. Minha única esperança é que Louis nos encontre, mas não sou idiota e sei que já devemos estar bem longe de Londres, o que significa que a cada minuto as chances de sermos resgatados diminui consideravelmente.

 Penumbra - l.s Onde histórias criam vida. Descubra agora