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[Harry POV]

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[Harry POV]

Ficamos parados no meio do deck, chorando juntos em um cúmplice abraço. Minhas lágrimas molham a sua camiseta clara e as lágrimas dele pingam em meu ombro.
O pior de tudo, é que consigo sentir em meu peito boa parte da angústia de Louis. Seu desespero, seu sentimento de culpa, seu remorso.. Eles são tão reais que sinto-me impotente diante de tanta dor.

— Vem comigo, paixão. – Convido e sem questionar ele me segue com o braço ao redor da minha cintura, escondendo o rosto na curvatura do meu pescoço.

Nos sentamos novamente no banco do mirante e eu pego no chão a garrafinha de água que havíamos comprado mais cedo. Ofereço para ele que aceita e bebe pequenos goles, respirando fundo com o semblante carregado de pesar.

Seus olhos azuis tem um brilho diferente, mais intenso, embora seja provocado pelo choro não consigo parar de admirar sua imensidão oceânica.
Louis é tão bonito! Como é possível que ele não enxergue em si tamanha beleza?

— Desculpa por isso, anjo – o vampiro pede depois de longos minutos, tirando-me dos meus devaneios. — Eu não queria ter desabado dessa forma na sua frente.

— Não se preocupe, Louis – consolo, beijando o dorso da sua mão. — Por mais que você pense o contrário, chorar não é sinônimo de fraqueza. Na verdade, demonstrar seus sentimentos só prova o quão incrivelmente forte você é – ele engole com dificuldade e eu brinco para descontrair: — Você é o meu vampirão sexy, lembra? Vampiros sexys só são sexys porque choram.

Ele solta uma risadinha nasalada negando com a cabeça, porém o sorriso não alcança seus olhos.

— Quer voltar para o hotel, paixão? – Indago, preocupado.

— Acho que não – responde pensativo. — Eu prefiro terminar nossa conversa aqui ao ar livre.

— Lou, eu não preciso de explicações – revelo, sincero. — Sei o quanto é difícil falar sobre esse assunto, então...

— Eu quero, anjo – ele interrompe, suavemente. — Agora que comecei sinto a necessidade de te contar essa história até o fim, talvez assim as imagens aterrorizantes daquele dia deixem de me perseguir.

— Tudo bem – concordo me endireitando no banco, puxo-o para que deite a cabeça no meu colo enquanto afago com carinho seus cabelos. — Conte no seu tempo, prometo que ficarei quietinho te ouvindo.

Louis fecha os olhos respirando com suavidade, chego a pensar que ele adormeceu, mas em torno de cinco minutos depois ele recomeça o monólogo.

— Eu enlouqueci quando percebi que ela estava morta. Gritei, chorei, sacudi o corpo inerte de Helena na esperança de ressussitá-la, claro que não adiantou, eu havia drenado todo o sangue dela – diz com repulsa de si mesmo. — Andei de um lado pro outro desesperado, sem saber o que fazer. Foi quando lembrei do meu padrinho – ele suspira. — O contatei por telepatia e resumi o que eu tinha acabado de fazer. John tentou me acalmar e mandou que eu não tomasse nenhuma atitude até ele chegar, mas é claro que não obedeci – fala com desgosto. — Abandonei o corpo da Helena naquele campo como se ela não passasse de um animal sem valor, e sumi na mata.

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