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Todas as manhãs depois de fazer minha higiene matinal me dirijo ao bem cuidado jardim da casa de John, onde há uma mesa redonda de estilo vitoriano coberta por um charmoso guarda-sol na qual costumamos fazer o nosso desjejum

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Todas as manhãs depois de fazer minha higiene matinal me dirijo ao bem cuidado jardim da casa de John, onde há uma mesa redonda de estilo vitoriano coberta por um charmoso guarda-sol na qual costumamos fazer o nosso desjejum. O mesmo é servido com muito capricho e elegância em meio as flores que crescem exuberantes cercadas de borboletas coloridas e pequenos pássaros.

Em volta do grande gramado, flamingos nadam preguiçosamente no lago cristalino. Figuras fundamentais para completar de vez o cenário reconfortante.

Ainda sonolento, porém com um bom humor que me é característico me arrasto até lá novamente, fazendo uma nota mental de que hoje é o 5° dia que estou hospedado na casa de John e sendo tratado com a mais pura gentileza, mesmo me conhecendo da forma mais caótica possível. Por um motivo que mal sei explicar, isso faz um pequeno sorriso adornar os meus lábios enquanto empurro a porta de vidro recebendo a brisa matinal em meu rosto, sentindo os fracos raios solares atingirem minha pele.

Pele essa que sinto arrepiar quando os meus olhos acostumam à claridade, podendo enxergar claramente a silhueta do homem que está sentado em uma das cadeiras. Nesse momento posso afirmar com toda a convicção que poucas vezes em minha vida senti o meu coração bater tão desajeitado.

Meus lábios tremem e me vejo tentado à correr de volta para a casa quentinha de John para me proteger do grande confronto que me aguarda. Aliás, onde está John quando mais preciso dele?

Fecho os olhos brevemente, respirando fundo para me acalmar e colocar meus pensamentos em ordem. Não é do meu feitio fugir, até porque não tenho motivos para me esconder. Certo?

Reuno um pouco de coragem e me aproximo dele com passos incertos, sentindo um leve formigamento em minhas mãos por não saber como reagir à presença do vampiro depois do último acontecimento.

Por que ele demorou tanto para voltar? Maldição, eu tenho tantas perguntas...

— Louis. – Chamo-o com a voz falha.

— Oi Harry. – Ele cumprimenta tímido e se põe em pé na minha frente, sem desviar seus olhos dos meus.

Não consigo ler ao certo o que há através desse olhar. Ele parece um pouco receoso, talvez.. envergonhado?

— Você voltou? – pergunto, cauteloso. — Veio me buscar? Você prometeu que cuidaria de mim. Por que fugiu? Aliás, onde você esteve?

Ele engole em seco parecendo surpreso. Talvez por tê-lo bombardeado de perguntas, ou talvez por minha voz ter saído extremamente suplicante. Provavelmente esperava que eu tivesse uma reação mais agressiva.

— Eu costumo cumprir minhas promessas – responde confiante, mas em seguida muda o tom para duvidoso. — Se você ainda quiser vir comigo, então sim, eu vim te buscar.

Louis ignora as outras perguntas, mas um grande sorriso estampa o meu rosto. Ele está de volta e é isso que importa agora, não vou pressioná-lo. Sei que o que houve de uma certa forma o afetou.

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