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Com o coração disparado sento-me na cama sobressaltado, posso jurar que acordei porque ouvi um grito

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Com o coração disparado sento-me na cama sobressaltado, posso jurar que acordei porque ouvi um grito. Olho confuso para o lado e vejo que Louis não está comigo na cama, tateio seu travesseiro e noto que está frio, o que indica que ele levantou há um bom tempo.

Me recosto na cabeceira e solto a respiração aliviado com a ideia de que foi apenas mais um pesadelo, porém o alívio dura poucos segundos pois logo escuto algumas vozes alteradas no andar de baixo. Imediatamente um temor me toma por não saber o que está acontecendo.
Num primeiro momento penso em me esconder, talvez no banheiro. Só que meu instinto de sobrevivência, que já não é muito grande, se cala, então levanto rapidamente e ando pelo corredor olhando cauteloso para os lados, desço as escadas com as pernas trêmulas e as mãos suando, mas não permito que o medo me domine por isso continuo caminhando.

Minha mente trabalha rápido pensando em como vou me defender de um suposto ataque. Onde está Louis quando eu mais preciso dele?

Paraliso na porta ao que me deparo com a cena mais inusitada desde que passei a morar nessa mansão. Um bando de vampiros risonhos espalhados pela sala. Deve ter no mínimo uma dúzia deles, brincando e zoando um com o outro, no entanto, assim que notam minha presença o silêncio reina no cômodo. Meus olhos  apreensivos viajam entre eles e eu engulo em seco, constrangido com a quantidade de olhares curiosos que me analisam de cima à baixo.

— Bom dia, anjo – ouço a voz de Louis que levanta do sofá e caminha até mim, respiro aliviado ao vê-lo. — Ei, não precisa ter medo, ok? – diz, provavelmente notando que estou tremendo. — Esses idiotas barulhentos são de confiança – concordo com a cabeça e me aproximo mais dele que me abraça protetor. — Desculpa por eles terem te acordado, eu não sabia que viriam hoje – conta fazendo uma careta engraçada. — Malak os convidou sem me comunicar antes.

Louis lança um olhar de reprovação à  Luke que apenas dá de ombros e sorri debochado.

— Mas e a barreira de proteção, lou? Não impediu que eles entrassem na propriedade? – Pergunto preocupado, ignorando o bando que acompanha com curiosidade nossa interação.

— Eles me ligaram quando chegaram no portão, fui até lá e baixei a barreira por tempo suficiente para que entrassem – explica me dando um selinho demorado. — Agora o que acha de ir vestir uma roupa menos provocante? Quando estiver pronto tomamos o café da manhã juntos e eu te apresento para o bando. – O vampiro propõe, acariciando de leve minha bochecha.

Desço o olhar sobre mim mesmo, só agora me dando conta que sequer fiz minha higiene matinal e que continuo usando apenas uma camiseta de Louis por cima da boxer. O pânico que senti ao escutar as vozes alteradas fez com que eu esquecesse de vestir uma calça.

— Por mim pode continuar semi nu, gatinho. Eu não me importo – um dos vampiros se manifesta, ele olha cobiçoso para minhas coxas e lambe os lábios sem discrição alguma. — A visão daqui está espetacular de qualquer maneira.

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