19

6.2K 688 955
                                    

Mais um giro, e outro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Mais um giro, e outro... Sorrio entusiasmado ao ver minha imagem refletida. O vestido que estou usando parece ter sido confeccionado especialmente para o meu corpo, o mesmo é preto com bolinhas brancas, alças largas e decote princesa, justo até a cintura e rodado na parte da saia. Estou calçando um sapato vermelho de salto médio, e coloquei um cinto da mesma cor para acentuar as curvas dos meus quadris.

O delineado gatinho, feito com perfeição, dá um destaque surpreendente aos meus olhos verdes, que estão especialmente brilhantes hoje. Joguei meus cachos para o lado direito e coloquei no lado esquerdo uma presilha de strass e para finalizar o look contornei cuidadosamente meus lábios com um batom vermelho.

— Prontinho – falo para minha própria imagem no espelho. — Definitivamente a moda dos anos 50 combina comigo. – Rodopio mais uma vez, sorrindo largo pelo efeito do vestido, que roda ao redor das minhas pernas. Jogo um beijinho sobre o ombro para ninguém em específico, já que estou sozinho no quarto e saio do cômodo fechando a porta atrás de mim.

Desço as escadas devagar, tentando fazer o mínimo de barulho possível e vou até a sala onde encontro Louis sentado no parapeito da janela, com uma perna esticada e a outra encolhida próximo ao corpo. Em uma das mãos ele segura um copo de uísque e seu semblante está distraído, porém tem o maxilar travado demonstrando que está perdido em pensamentos.

Nem Michelangelo poderia retratar com exatidão tamanha beleza, sem exagero da minha parte, mas Louis Tomlinson deveria ser considerado um deus grego.

— No que você tanto pensa, minha paixão? – Pergunto suavemente e ele demora alguns segundos para voltar a cabeça em minha direção.

— Nada demais eu... – o vampiro arregala levemente os olhos e prende a respiração por uns instantes. — Puta merda, babe! – Exclama antes de descer de onde esteve sentado.

— O que foi, lou? – Indago inocente e, sem esperar pela resposta, caminho devagar rebolando propositadamente os quadris até o bar onde sirvo uma taça de Martini branco e jogo uma cereja dentro.

— Sua intenção é me enlouquecer, garoto? – rebate vindo à passos largos até mim. — De onde tirou essa roupa? – Louis bebe todo o uísque em um só gole, larga o copo na bancada do bar e rapidamente segura minha cintura.

— Essa? – questiono com falso desdém, ele assente descendo os olhos famintos pelas minhas curvas. — Ontem eu estava entediado e resolvi subir até o sótão, onde encontrei algumas peças interessantes guardadas em um baú. – esclareço. — Gostou?

Descobri que Louis é um verdadeiro colecionador de antiguidades, em seu sótão há inúmeras caixas, baús e armários que dentro guardam materiais de diferentes épocas.
Passei o dia bisbilhotando tudo que estivesse ao meu alcance. Me deparei com jóias, roupas, acessórios, cartas, discos. Ele possui tanta relíquia que sou incapaz de contar ou reconhecer de qual era da história ela vem, então tudo que fiz foi experimentar peça por peça e desfilar na frente do grande espelho vitoriano.

 Penumbra - l.s Onde histórias criam vida. Descubra agora