Kessya nem viu a hora passar, acordou com os raios sol batendo no seu rosto e se espreguiçou tentando não acordar o menino que dormia ao seu lado no sofá. Foi quando sentiu que os braços dele envolviam novamente sua cintura.
- Bom dia, flor do dia...
- Bom dia! - Ela respondeu em meio a um bocejo sonolento.
- Estava pensando em ir embora de fininho e me deixar aqui na praia me perguntando se foi real ou não a noite passada?
- Eu não seria tão cruel!
- Para falar a verdade, até mesmo agora eu não estou convencido de que a gente está aqui, de que estamos juntos de novo.
- Ah não? - a menina respondia sorrindo.
- Não... Tudo parece surreal demais e... - Bento não conseguiu terminar a frase, a menina o beijara docemente.
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Era incrível como tudo em volta cooperava para aquela sensação de abstração que o menino dizia sentir. O mar era calmo em suas ondas, o céu estava sem nuvens e o vento trazia a maresia. Os dois tinham a impressão de estarem sozinhos no paraíso, em um lugar fora do tempo, do espaço, em um lugar onde os relógios param.
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- Agora você acredita que é real?
- Se disser que não, ganho outro beijo?
- Bobo! Devem estar sentindo falta da gente...
- É verdade... eu perdi totalmente a noção da hora! Viu no que dá? Fica dando atenção pra filosofias de nerd, agora vai perder o café do hotel! - ele sorria enquanto pegava as muletas.
- Tinha esquecido do quanto suas piadas são péssimas... - ela também ria.
- Te ofereço piadas ruins e todo o amor do mundo, é pegar ou largar. - ele continuava achando graça.
- Eu pego! - a menina o ajudava a levantar do sofá.
Os dois estavam radiantes, era visível o quanto se amavam, o quanto estavam felizes pela volta.
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O que ninguém conta, é que dá um pouco de medo.
A felicidade é uma sensação amedrontadora. Eles sabiam que seriam novamente o centro das atenções, sabiam que a escola toda comentaria e muitos julgariam os dois por essa bagunça toda que foram aqueles últimos anos.
Por isso, ao entrarem novamente no hotel, as mãos suavam, mesmo estando geladas.
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- Parou! Parou! Parou tudo!
- O que foi, João?!
- OLHA SÓ QUE ESTÁ CHEGANDO!
- CASAL!!!!!!
- AVISA QUE SÃO ELES!!
Luigi, Yasmin, Poliana e João ainda estavam na mesa de café e não disfarçaram a felicidade ao ver que os sumidos tinham reaparecido juntos.
- Achei que iriam fazer uma cabana na praia e ficar morando lá, que nem naquele filme... como é mesmo o nome, ma?
- Lagoa Azul? - Luigi ajudava João a se lembrar.
- Esse mesmo. O dos loirinho... Mas, então, habbemos uma cunhada?
- Você tem sim, Ben2, você tem a cunhada mais linda de todas! - Bento dizia, enquanto Kessya o ajudava a sentar-se com o grupo.
Eles conversavam animadamente, mas ainda era instintiva a vergonha, olhar para baixo, ficarem vermelhos. Era como se nunca tivessem namorado, sentiam-se inaugurando algo.
O que também era instintivo era a insegurança e uma pontinha de ciúmes. Quando Luigi cumprimentou o novo casal, parabenizando a volta, de baixo da mesa a mão de Bento procurou pela da namorada e ele a segurou firme, como se pudesse perdê-la a qualquer instante.
Kessya percebeu o movimento e retribuiu o aperto de mãos, não queria que o menino se sentisse assim, mas sabia que a confiança era um processo longo que teriam que construir.
O mais importante, no entanto, já havia sido feito: eles estavam juntos!
Gente, voltei depois de muito tempo! Sentiram minha falta?
Vem muita emoção por aí! Continuem acompanhando, muito obrigada <3
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Parede de Papel
RomanceDizem que duas pessoas, quando se amam em segredo, estão separadas apenas por uma fina parede de papel. Basta um toque ou, até mesmo, um sopro, para que essa separação se desfaça em cinzas e o amor mostre suas chamas fulminantes. Uma fanfic de Kessy...