─── ❝ É você, sempre foi ❞
𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐑𝐎𝐒𝐈𝐄𝐑 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 é a quarta irmã, a mais nova e a mais inocente, suas irmãs, Andrômeda, Bellatrix e Narcisa eram distintas demais para serem amigas, uma família completa.
A menina, cansada d...
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- 𝐔𝐑𝐆𝐇! - Exclamou Carina - Não tenho o que vestir! - Resmungou se olhando no espelho.
Black remexeu todo seu guarda roupa a procura de uma roupa chamativa mas não vulgar, afinal, não gostaria de passar a impressão errada sobre si mesma. Sua cama se encontrava cheia de roupas jogadas e desorganizada, se uma de suas colegas de quarto a vissem assim, pensaria que ela estava louca.
A menina já havia feito sua maquiagem e cabelo, um lápis de olho preto, rímel e um batom vinho claro com uma coroa de trança delicada em seu cabelo ondulado. Resolveu usar uma saia acima do joelho bege usando com uma meia calça preta e seu par de coturnos, com uma blusa de manga comprida preta e uma jaqueta de couro da mesma cor.
Carina repassava a cada degrau que descia de seu dormitório que precisava passar no corujal para pegar o presente de Sirius, era seu aniversário e sentia que devesse isso a ele de alguma forma.
- Barty! Evan! Parem de conversa e vamos logo! - Carina ouviu Regulus gritar da escada.
Já que a mesma precisava ir ao corujal, resolveu não os esperar e saiu de sua sala comunal. Enquanto andava, Black pensava o que iria falar para seu primo, desde do ocorrido no trem, as coisas estavam um pouco constrangidas, não conseguia nem imaginar como faria e estivesse na situação de Regulus, acho que nem vão se encontrar.
Ficou um pouco mais feliz ao se dar conta que Pandora provavelmente estará lá.
Ao chegar ao corujal, Black parou para olhar o céu e viu milhões de estrelas. As estrelas eram algo inexplicável na vida de Carina, talvez poderia ser tão apaixonada assim pela tradição de nomes em sua família, mas para a menina era muito mais que isso, aqueles pontinhos brilhantes no céu eram sua paz, poderia passar horas as olhando e a Black nunca se cansaria.
Pegou o presente de seu primo e saiu, com sua cabeça repetindo tanto que era uma má ideia que doía.
(...)
Já na porta da comunal da grifinoria, a menina estava com seu presentinho em mãos e olhava fixamente para a porta, pensava todo tempo se era melhor voltar e fingir que não sabia do aniversário de Sirius.
Quando ia dar um passo de volta, a porta se abriu. A sala estava cheia de pessoas, a música muito alta, alguns cantos que olhava havia pessoas se beijando.
- E aí Black - Apareceu Remus a sua frente - Vem, Sirius está por aí - Falou andando esperando que a mesma o seguisse.
Carina estava concentrada em não pisar em nenhum alimento no chão. Sirius a viu primeiro e foi até a mesma.
- Carina! Ei! Não esperava ver você aqui - Disse Black com seu sorriso sedutor.
- Nem eu - Falou a mesma baixinho - Erm, Feliz Aniversário Sirius - Estendeu o presente em sua direção.
Black não falou nada, só pegou o presente e o abriu, sorriu na mesma hora, era uma foto dos dois pequenos tomando chá em um pequeno porta retrato, Carina havia pedido para Sully, sua elfa doméstica, a enviar.
Sirius fez um movimento indicando que iria abraça-lá e a menina desviou, mas Black não se importou com isso e só a puxou mais forte para um abraço.
Carina ficou congelada com seus braços presos sentindo seu ar se dissipar a medida que Sirius a apertava.
James, que apareceu do lado de Padfoot, ria do jeito que a menina se encontrava, Carina logo percebeu e revirou os olhos para o mesmo.
- Olha, Carina tem um coração afinal - Falou Potter vendo o presente na mão de seu melhor amigo.
- É Black para você, Potter - Rosnou a menina saindo do abraço - Agora, se me derem licença... - Falou a mesma com um tom de deboche indo procurar alguma coisa para beber.
James encarou Carina enquanto a mesma sumia na multidão e se xingou quando percebeu que estava admirando seu corpo.
(...)
Carina já estava com seu copo em mãos e procurava Pandora, sua visão estava meio turva e isso dificultava um pouco.
- Dora! - Gritou tocando no ombro de uma pessoa loira.
- An? Quem é Dora? Meu nome é Marlene... - Respondeu a pessoa gritando - Eu acho - Completou rindo.
A Black já estava perdendo a paciência, não encontrava sua amiga em lugar nenhum, já estava começando a acreditar que ela não estava lá.
Carina parou de andar quando quase tropeçou em uma escada, viu melhor e era o dormitório masculino.
Sua curiosidade falou mais alto e subiu até o quarto, se alguma coisa der errado era só colocar a culpa na bebida, por mais que estivesse completamente consciente.
Podia-se ouvir a música abafada dentro das paredes. Cortinas vermelhas se estendiam pelas camas e terminavam no chão, Carina estranhou que todas estavam fechadas.
Black não conseguiu distinguir os donos do quarto, não tinha uma foto na parede, e ela não gostava da ideia de abrir as cortinas, sabe se lá o que vai ter atrás.
Uma mesa a chamou atenção, seus pés rangeram na madeira enquanto andava até lá. Em cima da mesa havia um calendário lunar, ou pelo menos parecia ser um, era um tanto de desenhos e datas em uma folha de papel.
Carina resolveu sair do quarto, pensara que provavelmente o dormitório era de um primeiranista.
Quando fechou a porta, ouviu uma voz atrás de si.
- Rina! Te procurei por todo lugar! Onde estava? - Pandora perguntou mais alegremente que o normal.
- Nenhum lugar, Dora - Suspirou cansada - Acho que já vou para a Sonserina, esta festa está começando a me chatear - Sorriu minimamente.
- Ah Claro, Quer que eu te acompanhe?
Carina balançou a cabeça negativamente e saiu dali, deixando Pandora rindo consigo mesma.
- Caralho - Gritou para a pessoa que a esbarrou.
Black nem se poupou ao ver quem é e só saiu dali, sua cabeça já estava latejando e sentia a urgência de sair dali, como se algo ruim fosse acontecer com ela se continuasse ali.
O vento gelado do corredor bateu em seu rosto a medida que ela andasse, Carina ouvia o barulho de seus coturnos baterem no chão fino.
- Água fervente - Murmurou a mesma para abrir a comunal de sua casa.
(...)
Já de pijamas, em sua cama, grunhia de dor, sentia que ia explodir. Seu lençol estava bagunçado com o movimento constante de Carina se mexendo de um lado para o outro na espera de dormir.
Black decidiu encarar o teto de sua cama frustrada, sentia seus dedos formigarem e sua inquietação só aumentava.
