─── ❝ É você, sempre foi ❞
𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐑𝐎𝐒𝐈𝐄𝐑 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 é a quarta irmã, a mais nova e a mais inocente, suas irmãs, Andrômeda, Bellatrix e Narcisa eram distintas demais para serem amigas, uma família completa.
A menina, cansada d...
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𝐄𝐑𝐀 𝐋𝐔𝐀 𝐂𝐇𝐄𝐈𝐀 novamente, e por mais que a menina apreciasse a lua, não conseguia evitar de pensar em Lupin, agora que sabia de seu segredo lupino, de alguma forma, tinha uma parte dela que estava no máximo curiosa e no mínimo preocupada.
Sabia das histórias, não era estúpida, sempre soube que sentiam dor nessas noites, que gritavam até se transformar. Mas foi ensinada a odiar essas criaturas, ter medo, nojo.
Mas ela já deveria esperar, afinal, sempre contrariava seus pais, não seria a primeira vez e nem a última a fazer isso.
E nesse momento ela estava em seu dormitório, na janela olhando a noite, e se perguntando como Remus estava, mas achou melhor afastar esse pensamento da cabeça e resolveu dormir.
E mesmo não querendo, ela acordou com a cabeça pesando com seus pensamentos, era em pleno domingo e ela acordou junto com o nascer do sol só por conta de sua mente.
A Black se amaldiçoou por ter algo chamado empatia e se levantou de pijama mesmo, calçou suas pantufas e desceu, com o objetivo de ir para o jardim para ver se Remus já tinha se transformado novamente.
Silenciosamente, foi andando até sua comunal nas pontas do pé, para não acabar acordando uma de suas colegas. E riu fraco quando viu um menino dormindo em cima de seu livro em uma posição um tanto.. estranha.
Chegando ao jardim, a primeira coisa que fez foi esperar, então resolveu se sentar na grama e olhar para o céu, com o ingênuo pensamento de ainda ter alguma estrela nele.
Quando começou a ouvir barulhos, se levantou e foi em direção ao barulho, e de todas as possibilidades que passava em sua mente, essa era a única que não esperava de acontecer.
Olhou com o cenho franzido e a cabeça trabalhando a mil com a cena que viu. Um cervo apoiando Lupin pelos chifres e um cachorro nos pés do menino.
Espremeu seus olhos para enxergar melhor a cena e acabou vendo um rato nas costas do cervo. Em toda sua vida, esse era definitivamente o momento mais estranho dela.
E mesmo muito confusa, ela só ficou parada ali, até que Remus a olhou e cutucou os animais em sua direção.
- O que está fazendo aqui? - Perguntou Lupin fraco se largando dos animais e indo em sua direção, quase caindo no caminho mas foi segurado por Sirius, que tinha se transformado em humano novamente.
Carina poderia jurar que viu o cervo revirando os olhos.
- Eu... - Se perdeu em sua própria resposta ao ver seu primo - Sirius? - Perguntou confusa.
- Ei - O Black respondeu dando um sorriso maroto - Por que está aqui?
- Por que você estava em forma de um cachorro? - Devolveu a pergunta, agora um tanto indignada.
- Galera? - Perguntou Sirius olhando para os animais vendo que estavam parados - Uma ajudinha aqui? - E Carina pensou que era um tanto burro ao pedir ajuda a animais.
Mas a menina se sentiu burra quando viu o cervo se transformando em Potter e o rato caindo de suas costas gritando, mas logo se transformando em Pettigrew.
- Olha, Carina - Tentou explicar James - Nós.. Eu... - Se embolou - Pera, por que está aqui mesmo? - Franziu o cenho.
- Se eu responder isso você responde o porquê que vocês estavam como animais? - Respondeu com outra pergunta.
O menino olhou para os amigos esperando uma resposta e viu eles concordarem dando um aceno com a cabeça.
- Vou levar o Moony para a enfermaria - Falou o Black e Peter gritou que iria junto - Explica aí para ela - Deu uma piscadinha para os dois.
- Então.. você começa - Disse Potter quando viu que eles tinham saído.
- Eu.. - O menino achou engraçado sua dificuldade de falar - Estava preocupada, queria ver como Lupin estava - Falou tudo muito rápido de forma que Potter precisava processar sua fala lentamente.
Quando finalmente entendeu, sua única reação foi sorrir, achou extremamente fofo como ela se preocupava com seu amigo. E a achou mais fofa ainda quando percebeu o que ela estava usando.
- Ursinhos, huh? - A olhou de cima a baixo com um sorrisinho.
- Não desvie do assunto, James! - Respondeu brava mas tão corada quanto um tomate.
- Olha.. - Respirou fundo - Somos animagos! - Sorriu mexendo as mãos em sinal de comemoração.
- Animagos? - Surpreendeu-se - Vocês são animagos ilegais? - O olhou curiosa.
- Somos - Viu a face de dúvida no rosto da mesma - Para ajudar a Moony não se cortar na lua cheia - Suspirou - Nos transformamos no segundo ano.
A menina o olhou com carinho no olhar, vendo o que eles fizeram por seu melhor amigo, e quando foi responder, falou em um tom mais carinhoso.
- Por que não me contou? - O olhou nos olhos.
- Bom.. - Sorriu abertamente - Eu acho que iria contar no seu caixão, enquanto desabafaria sobre todas as coisas que não te contei - Sorriu torto.
- James! - Riu e revirou os olhos - Mas.. - Voltou ao assunto - De verdade, por que?
- Você tem seus segredos - A olhou - E eu tenho os meus.
- Justo - Deu de ombros.
- Mas agora que você sabe do meu, acho que seria justo eu saber do seu, não?! - Perguntou extremamente curioso.
- Não - Respondeu séria - Estou brincando! - Riu olhando para sua cara - Mas sério, não - Disse simples.
- Ah, vamos! - Implorou o garoto enquanto sua criança interior gritava de curiosidade.
Carina piscou duas vezes de respirar fundo, não acredito que vou dizer isso, pensou e revirou os olhos.
- Eu só estou tentando fazer algo de útil para ajudar com a guerra! - Soltou tudo de uma vez, se sentindo até mais leve em compartilhar com alguém.
- O que? - Perguntou surpreso visto que nunca tinha imaginado que esse era o motivo - Como... O que você está fazendo?
- Estudando as magias envolvendo a mente - Olhou para a grama.
- Tipo Legilimência? - A olhou pensando o quanto estava fofa agora.
- Isso - Respirou fundo - E Nictomência - Continuou olhando para seus pés.
- Quando você diz Nictomência, espera.. - A olhou chocado - Nictomência?! Nictomência nível morte?!
- É - Riu baixinho com sua escolha de palavras e finalmente o olhando nos olhos - Mas como você conhece?
- Remus - Revirou os olhos lembrando da quantidade de horas que estudou coisas que não precisava - Mas.. sério?! - Perguntou ainda um tanto atordoado.
- Sim - Sorriu mínimo - Eu estou aprendendo Nictomência na sala precisa - Piscou - Sou uma Nictomente.
