─── ❝ É você, sempre foi ❞
𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐑𝐎𝐒𝐈𝐄𝐑 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 é a quarta irmã, a mais nova e a mais inocente, suas irmãs, Andrômeda, Bellatrix e Narcisa eram distintas demais para serem amigas, uma família completa.
A menina, cansada d...
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𝐎 𝐃𝐈𝐀 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 bonito, estranhamente calmo. Todos estavam sorrindo, como se o dia todo seria uma data feliz.
Carina, no entanto, estava normal, de cara fechada e entediada, mas isso não significava que ela estava em um humor ruim, só que de alguma forma, sua confusão de sentimentos não paravam de surgir, a fazendo ter uma crise existencial a cada 5 segundos.
E até explodiria de raiva, mas pela influência do dia bom, ela estava calma, tinha uma paz dentro dela assustadora, e nem ela sabia de onde tinha vindo.
Seus dias estavam passando rápido até demais, e hoje estava estranhamente lento.
A menina, agora, se encontrava indo até o salão principal para seu café da manhã. Novamente, seus colegas de casa se afastaram da mesma, mas ela deu de ombros, já que estava se acostumando.
Percebeu um olhar grudado em si, olhou para a frente e viu Potter a encarando, ela engoliu seco e voltou a olhar para baixo.
Ela não gostava de pensar no que havia acontecido alguns dias atrás, por que isso significaria que estaria confusa, e ela gostava de controle.
Mas era inevitável de sentir um pequeno frio na barriga quando viu que o mesmo estava a olhando. Era inevitável abaixar o olhar, por mais que a vontade de o continuar olhando seja grande.
O sinal tocou fazendo ela se despertar de seus pensamentos e foi para sua aula de poções. E dessa vez não achou ruim por ter Horace Slughorn a essa hora da manhã.
Se sentou em seu lugar de sempre e esperou a aula começar, abriu seu livro e já organizou suas coisas.
- Abram seus livros na página 264 - Gritou Slughorn - Hoje iremos aprender sobre a poção Amortentia - Sorriu e apontou para o caldeirão atrás de si - Alguém gostaria de me explicar o que é?!
O professor, vendo que ninguém levantou a mão decidiu escolher um aluno.
- Senhorita Black - Falou fazendo todas as cabeças voltarem para si - Poderia nos explicar, por gentileza?
- Amortentia é a poção do amor mais poderosa que existe, Professor - Suspirou - Ela cria uma paixão forte pelo bebedor, e seu cheiro corresponde ao cheiro de sua paixão, ou seja, é diferente para cada pessoa - Terminou, sorrindo fraco.
- Certamente, Senhorita! - Se animou Horace - Você poderia nos descrever o que você sente?
- Eu sinto.. - A Black respirou fundo tentando se concentrar no cheiro - Cheiro de grama molhada, de pasta-de-dente de menta e.. - Arregalou levemente os olhos quando se deu conta de quem era - E madeira nova de vassoura - Piscou três vezes.
- Muito obrigado, Black! - Sorriu o professor abertamente - Agora turma, façam a poção da página 263!
A menina estava se sentindo atordoada, ela realmente gostava de Potter? Só de pensar nisso a fazia querer vomitar e ao mesmo tempo sorrir.
O resto da aula ela não conseguiu se concentrar, tudo que pensava era no menino irritante de cabelos bagunçados.
Saindo da aula, estava atrapalhada com seus livros em mãos e acabou esbarrando em uma pessoa.
Iria continuar andando se não tivesse olhado para cima, vendo a pessoa que menos queria em sua frente, James Potter.
O mesmo deu um sorriso torto e se ofereceu para pegar seus livros, a menina não falou nada e só se abaixou para organizar suas coisas, sem perceber que estava perto de James demais, fazendo assim que batessem suas cabeças.
- Ai! - Exclamou a Black colocando sua mão em sua cabeça mas rindo fraco.
- Ai digo eu! - Indignou-se Potter - Sua cabeça parece ferro! - Gargalhou com uma cara de dor fazendo drama.
De retribuição Carina bateu seu livro no braço dele e se levantou, arrumando sua saia.
- De novo? - Negou com a cabeça - Vou começar a achar que você quer me agredir! - Sorriu fraco.
Ela iria responder quando sentiu uma pessoa esbarrando nela, fazendo com que ela caia novamente, mas como James estava ainda no chão, acabou que ela caiu em cima dele.
- An.. - Resmungou tentando sair da situação constrangedora, e conseguiu se levantar, logo ele se levantando junto e entrarem em um silêncio desconfortável.
Mas como era tão desastrada quanto o Potter, ela tropeçou no pé do menino e procurando por um lugar para se apoiar acabou que o trouxe junto, mas em vez de caírem no chão mais uma vez, entraram em um armário de limpeza.
- Merlim! Quantos armários desses existem? - Murmurou a mesma baixa e um tanto corada.
James começou a rir, fazendo com que ela o olhasse com uma cara de poucos amigos, ele riu tanto ao ponto de sua barriga doer.
Até que sua risada foi parando ao ver o quão próximos estavam. O coração da Black estava saltando e como estavam sozinhos o menino conseguia ouvir.
Potter foi se aproximando calmamente dela, ao ponto de sentirem suas respirações aceleradas, e seus narizes se encostarem.
James colocou suas mãos em sua cintura e chegou mais perto, enquanto Carina se encontrava congelada de ansiedade, nunca imaginaria que depois de tudo que tinha passado, iria congelar justo num momento assim.
- Achei que gostasse de Evans, Potter - Disse baixo o olhando nos olhos para disfarçar seu nervosismo.
O menino riu baixo passando a língua entre os lábios antes de responder.
- É você, sempre foi - Sussurrou entre seus lábios sorrindo fraco quando a viu corada.
James tomou iniciativa e colocou seu lábios nos dela, apertando mais seu aperto em sua cintura. Carina que agora voltou ao normal, colocou seus braços ao redor de seu pescoço e puxou alguns fios levemente de seu cabelo.
Os dois não sentiram falta do ar em nenhum momento, só queriam sentir o gosto um do outro, e Carina conseguiu sentir na ponta da língua o gosto de pasta-de-dente de menta, a fazendo sorrir entre o beijo.
A menina nunca imaginaria que estaria tão desesperada para sentir uma pessoa, e o mesmo acontecia com o Potter, estava óbvio que os dois esperavam por isso fazia um tempo.
Finalmente se separam e James finalizou com dois selinhos, colando sua testa na dela enquanto os dois respiravam pesadamente, suas mãos ainda estavam em sua cintura, e ela continuava encostando em seu cabelo.
Potter se distanciou devagar quando ouviu o sinal tocar para a próxima aula, o mesmo a olhou sorrindo travesso e piscou de um olho só, saindo dali e indo para sua próxima aula de lábios inchados e um humor maravilhoso.
A menina encostou na parede e fechou os olhos enquanto levava seus dedos até seus lábios, lembrando da sensação, de como tudo pareceu um conto de fadas, e tudo que conseguia fazer era sorrir, não importava o quanto quisesse ficar séria.
