𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄𝐙𝐄𝐍𝐎𝐕𝐄
𝗅𝗈𝗎𝖼𝗎𝗋𝖺
𝐀 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 𝐀𝐍𝐃𝐀𝐕𝐀 preocupada com seu ex-amigo, por mais que estavam afastados, ela sempre iria ter um carinho a mais por ele. E desde do que ouve no natal, a relação dos dois mudaram, e o que mais doía nela era que ele nem parecia ligar.Mas Carina continuava sendo uma pessoa boa, então mesmo que ele a estivesse a odiando no momento, ela ainda o amava.
A menina tentava pensar em algo que poderia fazer para falar com ele, ou pelo menos saber se ele estava bem.
Ela observava ele nos corredores e automaticamente seu olhar se dirigia para sua língua que ficava saltando.
Barty se sentia pesado, como se o mundo todo estivesse com a gravidade máxima, sua mente estava leve de qualquer forma, era difícil quando se encontrava pensando, era como se aquele narrador de sua cabeça tivesse simplesmente ido embora.
Acontece que por sua falta de pensamentos, não entendia o que estava acontecendo consigo, e consequentemente nem o que estava acontecendo fora de si.
A Black realmente tentou pensar em um plano, mas assim que viu seu amigo passando por si rapidamente o segurou pelo pulso e o puxou para uma sala vazia.
- Carina? - Perguntou o mesmo confuso com os olhos quase fechados - O que? Onde.. Onde estamos? - Respirou fundo virando a cabeça para os lados a procura de respostas.
- Precisamos conversar, Barty - Pegou em sua mão - Eu... - Respirou - Eu não sei se você quer falar comigo, mas eu preciso falar com você! - Se posicionou.
- Ok - Disse simples e se sentou em uma mesa fazendo a menina estranhar o gesto.
- Eu estou preocupada com você - O olhou nos olhos - Não te vejo sorrindo mais, ou rindo - Suspirou triste - Só te vejo por aí fumando.. Ou simplesmente viajando olhando para o nada - Olhou para baixo - Ah! E sua língua, fica fazendo aquilo o tempo todo!
- Não é como se você se importasse, não é? - A encarou e tirou sua mão da dela e se levantou - Você me abandonou Carina! - Gritou.
- Abandonei? - Perguntou indignada - Eu estava presa dentro daquela casa! - Gritou de volta - Se eu não saísse ia me tornar igual a você! - Disse sem pensar e logo se arrependeu quando viu o olhar dele.
- Igual a mim? - Sorriu irônico - O que? Louco? - Riu amargamente - Louco, maluco, pirado, psicopata.. Já ouvi tudo isso antes! - Exclamou irritado - Mas não esperava ouvir isso da minha melhor amiga!
- E você vai negar? - Gritou - Isso é loucura Barty! Loucura!
- O que é Loucura? - A esse ponto só os surdos que não conseguiriam ouvir os gritos daquela sala.
- Você! - O encarou - Que porra está acontecendo com você? - Exclamou mais baixo dessa vez sentindo seus olhos marejados.
E uma coisa que Crouch odiava era pena, odiava que o olhassem com pena, como se sempre fosse a vítima de tudo, como se sua vida fosse um completo caos. E por mais que a menina estivesse realmente preocupada e não com pena, não foi assim que ele viu.
- Você não foi a única que já levou um Crucius do pai! - Gritou sentindo sua voz entalar na garganta e o choro querendo sair - O negócio é que nos três que você levou, todo mundo se preocupou! - Gritou mais alto para não chorar - Agora, eu? - Gargalhou - Eu levei mais do que posso contar! - Pulou de raiva - E onde estão as pessoas preocupadas comigo?
A Black olhava sem reação para o desabafo do amigo, nunca o tinha visto tão acabado em toda a sua vista. E por mais que sabia que havia algo que ele estava escondendo, não imaginava que era tão sério.
- Barty.. - Tentou andar mais um passo para perto do mesmo mas ele esquivou para longe.
- Sem "Barty"! Sem essa! - Sentiu suas mãos tremerem mas continuou gritando - Eu ainda tenho que ter a merda do nome do meu pai! - Colocou a língua para fora estressado.
- De novo Barty! De novo! - Exclamou ela.
- De novo o que? Minha loucura? - Perguntou sarcástico - Vamos fazer o seguinte - Continuou ele mesmo sentindo que iria se arrepender - Só volte a falar comigo quando não tiver olhando para seu próprio umbigo, sacou?! - Sorriu irônico.
- Eu vim aqui para perguntar o que havia de errado com você! - Gritou apontando para seu peito - Não se atreva a me chamar de egoísta! - Respirou fundo - Por que quando fugi de casa, não vi você ao menos me dando um oi! - Gritou - A porra de um oi! - Balançou a cabeça incrédula.
- E eu sinto muito que você passou por isso - Tentou ficar calma - Realmente sinto - Balançou as mãos nervosa - Mas você não pode sair por aí descontando sua raiva nos outros!
- Então quer saber? - Gritou o mesmo - Nem volte a falar comigo, suma da merda da minha vida! - Chegou perto dela - Ouviu, Black? - Deu ênfase no sobrenome.
Carina não sabia mas o menino estava prestes a chorar ali mesmo, e não lembrava a última vez que havia feito isso. Assim, saiu correndo rapidamente para ninguém o vê-lo desse estado.
A menina escorregou na parede ao seu lado e apoiou sua mão em sua cabeça. Estava sentindo uma dor enorme tanto física quando mentalmente, e só queria que isso parasse, queria que tudo acabasse.
Pensava que no momento que saísse de casa sua vida ficaria mais fácil, mas parece que foi o oposto. E a partir daí a Black nunca quis se livrar tanto de seus sentimentos quanto agora.
- Black? - Ela ouviu uma voz da porta e se virou rapidamente esperando que fosse Crouch.
James fechou a porta atrás de si e sentou ao lado dela, o mesmo não iria admitir mas estava preocupado, mesmo quando havia fugido de casa, não estava tão inchada de choro.
- Você está bem? - Perguntou com um sorrisinho.
- Sim - Respondeu curta.
- Desculpe, pergunta boba - Riu fraco - Reformulando, você quer falar sobre? - A olhou.
- Sai daqui, Potter! - Exclamou enquanto passava as palmas das mãos embaixo dos olhos para secar as lágrimas - Vai irritar outra pessoa!
- Estou falando sério, Black - A encarou sem sorriso nem nada - Você pode contar comigo se precisar - Suspirou e a mesma se surpreendeu com o tanto que James Potter parecia assustador no momento.
Mas Carina estava sensível, não queria falar nada sobre o que aconteceu, não queria voltar as memórias, então rapidamente sentiu algumas lágrimas caindo e quando viu que não tinha controle sobre isso, virou o rosto.
- Ei - A chamou fazendo virar de volta - É sério, Black - Resolveu fazer uma piada - Não quero ver minha inimiga triste, se ela morrer, não vou ter mais ninguém para irritar - Fez drama a fazendo soltar um risinho baixo.
Mas isso não durou muito tempo, vendo que a menina logo voltou a seus olhos ficarem vermelhos, fazendo a mesma cobrir seu rosto com as mãos.
James cuidadosamente tirou suas mãos e a olhou dando um sinal com a cabeça para ela deitar em seu ombro, e mesmo hesitante, se deitou.
O engraçado é que a mão dos dois não se soltaram. Potter estava fazendo carinho em sua mão com o polegar enquanto sentia sua manga molhar por conta das lágrimas da Black.
A menina nunca tinha se sentido tão acolhida, e ficou agradecida quando ele respeitou seu espaço e não a forçou a contar, nunca iria admitir, mas estava quase confortável.
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✓︱𝐘𝐎𝐔 ʲᵃᵐᵉˢ ᵖᵒᵗᵗᵉʳ
Fantasy─── ❝ É você, sempre foi ❞ 𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐑𝐎𝐒𝐈𝐄𝐑 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 é a quarta irmã, a mais nova e a mais inocente, suas irmãs, Andrômeda, Bellatrix e Narcisa eram distintas demais para serem amigas, uma família completa. A menina, cansada d...