─── ❝ É você, sempre foi ❞
𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐑𝐎𝐒𝐈𝐄𝐑 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 é a quarta irmã, a mais nova e a mais inocente, suas irmãs, Andrômeda, Bellatrix e Narcisa eram distintas demais para serem amigas, uma família completa.
A menina, cansada d...
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𝐌𝐀𝐑𝐘 𝐓𝐄𝐍𝐓𝐎𝐔, tentou de verdade, sentia falta de James e Carina brigando, de Lily chamando sua atenção, de Peter reclamando de Sirius, sentia falta de Hogwarts.
Por um tempo, ela tentou fingir, fingir que Remus não tinha desaparecido, que Sirius não estava em Askaban, que James e Carina ainda tivessem escolhendo o nome de Harry, que Marlene estivesse brigando com Peter para ver quem era o melhor goleiro dos times de quadribol, que Lily não havia se mudado, que tudo estava bem.
Conseguia sentir seus olhos arderem e sua garganta se fechar qualquer hora que pensasse na guerra, Mary queria sua mãe, queria que a dissesse que tudo foi só um susto, queria que a carregasse no colo e cantasse até dormir.
Mary não prestava atenção em nenhum som de fora de seu apartamento, algumas casas estavam sendo reconstruídas pela destruição da guerra, ultimamente estava uma barulhada sem fim, mas Mary costumava achar o barulho melhor que silêncio, no silêncio ela se lembrava de quando tudo ficou quieto, de quando recebeu as notícias que mudaram sua vida.
Era 16 de setembro, seu aniversário, ela mesma tinha feito um bolo e colocou 7 velas, uma para cada um de seus amigos, colocou todo seu amor na receita. Ela colocou o bolo em cima da mesa e se sentou, cantou a música tradicional baixinho, pensou em um desejo e assoprou as velas, pensou em como Marlene iria zombar dela por estar sendo tão afetiva em questão das velas, e tudo que desejou era isso, amigos para zombarem dela, mas não qualquer amigos, seus amigos, sua família.
E finalmente se sentiu feliz em muito tempo, presa em memórias, sabia que estava na hora, ela merecia um presente pelo menos, merecia uma coisa boa.
Mary tirou sua varinha do bolso e apontou para sua cabeça, amava seu amigos, e não aguentava mais, simplesmente não dava. Ela pôde sentir as lágrimas frias descendo pelo seu rosto, suas mãos trêmulas e sua voz fraca quando disse:
- Obliviate - De repente ela se sentiu leve, não tinha que se preocupar mais com nada, agora o silêncio estava bom.
Mary sabia que estava na hora, ela tentou, mas não conseguiu mais, sabia que ficaria feliz assim, sabia que o fim era aqui. E ela sentiu como se fosse um sopro, sentiu que sua mãe acabou de falar que foi tudo um susto.
E no fim do dia, quando Mary se levantou para guardar o bolo, ela não se lembrava o porquê de 7 velas.
