𝟎𝟑𝟕. 𝖽𝖺𝖽𝖽𝗒

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𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐒𝐄𝐓𝐄
𝗉𝖺𝗉𝖺𝗂

𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐎𝐔 no escritório de seu pai, e rapidamente sua boca se encheu com um gosto amargo de nostalgia

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𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐎𝐔 no escritório de seu pai, e rapidamente sua boca se encheu com um gosto amargo de nostalgia.

Sentia seu corpo todo dolorido, e assim que olhou para baixo, viu machucados por toda sua perna, e automaticamente colocou a mão em sua barriga como uma pequena forma de proteção.

Nunca esteve tão brava com Evan antes, era seu amigo, como em sã consciência poderia ter feito isso? Sabendo que ela estaria em um estado vulnerável a descobrir a morte de seu melhor amigo.

Seu coração estava em pedaços, por um único fio o segurando. Ela nunca pensaria que sua vida estaria tão bagunçada. Rapidamente se lembrou de sua mãe, falando a ela para nunca deixar sua vida cair, por que assim não seria parte de sua família. Com esse pensamento, riu azeda.

E se assustou quando ouviu um barulho de uma coisa batendo, fazendo rapidamente virar sua cabeça para a porta, e bufou quando viu seu pai entrando.

- Olá ,Carina - Falou Cygnus com um sorriso segurando sua varinha com força.

- Olá, papai - Disse a menina com ironia.

- Não ouse me chamar assim! - Gritou o homen lançando uma azaração nela, fazendo ela bater suas costas e colocar a mão em sua barriga de forma protetora.

O Black mais velho se agachou ao lado de sua filha, a olhando nos olhos, e somente ameaçando com a varinha na mão, não realmente fazendo nada.

Já a menina, estava possessa de raiva, não queria mais ouvir uma palavra de seu pai mais. E balançou a cabeça em negativo para tirar os pensamentos de se ela tivesse recebido a marca.

Assim que a menina levantou o queixo para mostrar superioridade, a varinha do mesmo foi em direção ao seu queixo.

- Me mate - Blefou Carina - Vamos! Mate sua filha - Sorriu maliciosa.

- Já falei que você não é minha filha - Apertou mais a varinha em seu pescoço, quase fazendo a menina engasgar.

- Querendo ou não, temos o mesmo sangue, e eu sei que você não tem coragem de me matar - Falou diabólica enquanto ele ficava calado - Mas para o seu azar - Riu irônica - Tenho o sangue de mamãe também! - Assim que falou isso puxou a varinha dele de sua mão e o lançou a maldição cruciatus.

- Sua imunda! - Disse Cygnus desconcertado - Depulso! - Jogou sua filha para o outro lado e rapidamente saiu de lá fechando a porta - Podem a torturar! - Carina ouviu seu pai gritando isso abafado do outro lado da porta e segurou sua barriga forte.

Assim que a porta começou a ranger, ficou atenta procurando qualquer coisa para se defender, nem que se fosse um caderno. E que estivesse em seu alcance, já que estava acorrentada.

Não esperaria encontrar sua família novamente tão cedo. E para ser sincera, não queria também. Queria deixar sua parte Black fora de sua nova vida. Queria se concentrar na ordem e apenas na ordem. Marlene morrendo foi apenas um baque para ela perceber que em qualquer lugar que estivesse, não estaria segura, e isso a assustava.

A pessoa que entrou pela porta estava de capuz. Carina rapidamente entrou na mente dela e viu que era só Evan. E mesmo com ele a traindo, não conseguiu o machucá-lo, mas só por precaução continuou em sua mente.

- Carina, eu.. - Começou a dizer mas viu o olhar da menina sobre si e se calou.

- O que? - Falou a menina tentando não demonstrar o quão precisava de água.

- Eu encontrei isso - Levantou sua mão mostrando uma carta - É de Regulus, para você - Sorriu pequeno.

- E você não abriu? - Riu a nasalado.

- Tem um feitiço que só você consegue abrir, acho que ele sabia que iria morrer fazendo não sei o que - Revirou os olhos.

- Ei! - Repreendeu ele - Me dê a carta Rosier - Olhou sério para ele.

Evan mesmo com hesitação a deu a carta, e em vez de abrir, como ele imaginava, ela escondeu a carta dentro de seu sutiã. Vou abrir em casa, pensou, na esperança que iria voltar para a casa.

Rosier apenas revirou os olhos e se sentou ali, fazendo Carina o olhar com desgosto.

- O que ainda está fazendo aqui? - Perguntou ela já de saco cheio.

- Eu sou o que era para te torturar, mas não vou fazer isso - Sorriu - Então preciso ficar aqui fingindo que você está sendo torturada - Chegou mais perto dela enquanto ela se afastava.

- Ok - Respondeu seca - Mas não chegue perto de mim - Fez uma pontada de dor aparecer em sua cabeça.

- Ai! - Exclamou ele repentino - Como fez isso? - A olhou com dúvida e ela simplesmente o olhou calada.

- Não fale também - Resmungou ela fazendo ele parar de falar.

Os dois estavam ali, no escritório de Cygnus Black, sem dizer ou fazer alguma coisa. Mas os dois compartilhavam o mesmo sentimento, de nostalgia. Na mente dos dois se passavam os momentos que já tiveram juntos, só os dois, desse mesmo jeito, calados.

E por um mini segundo, a menina sentiu falta disso, de seu antigo grupo de amigos - menos o Snape - de sentar no jardim e conversar, dos bailes de sangue-puro que se embebedavam e riam juntos, de quando tudo estava mais simples, de quando o único problema era se houvesse pouca bebida, se seu cabelo estivesse fora de ordem.

E com isso Carina parou para pensar que fazia meses, se não anos, que ela não bebia, nem um único gole ou gota. Não que era viciada ou coisa assim, mas tudo que mais queria era beber com seus amigos novamente.

Sentiu falta de Regulus, dele a abraçando, dele enxugando suas lágrimas. Ele não tinha o direito de ter ido embora, não tinha, pensou a menina quase chorando. Sentiu falta de Barty, de suas conversas aleatórias, de quando ele conseguia conversar.

E percebeu que só tinha sobrado ela e Evan para estarem sãs, e não queria isso, queria que o resto havia ficado também. E percebeu o quão tudo aquilo era culpa de Voldemort, se ele não existisse, sua família não seria louca pela marca, Reg não estaria morto, e tudo estaria bem.

E jurou que um dia veria Voldemort cair, nem que fosse por cima de seu cadáver, ela veria aquele filha da puta cair, e riria vendo isso.

 ✓︱𝐘𝐎𝐔 ʲᵃᵐᵉˢ ᵖᵒᵗᵗᵉʳ Onde histórias criam vida. Descubra agora