Capítulo 9: O tempo cura tudo?

457 38 23
                                    

Dois anos depois, Rio de janeiro, 3 de dezembro de 2024.

Hoje eu faço 35 anos de idade. Obrigada meu Deus por mais um ano e obrigada por tudo que me deste nessa minha vida.

Nesses últimos anos minha vida mudou bastante e hoje é um dia de comemoração por aqui. E meu dia já começa cheio de surpresas quando meu quarto é invadido por alguém especial.

Paulo: feliz aniversário minha rainha. - ele me entrega um lindo buquê de flores vermelhas. - que sua vida seja próspera e muito feliz e que você me permita desfrutar da sua companhia por toda a eternidade.

Juliette: nossa como tu tá romântico hoje. Obrigada meu lindo.

Paulo: Juliette eu te amo... - ele se ajoelhou nos meus pés. - e eu amo compartilhar a vida do seu lado, seu ser amante, amigo e namorado. Ju eu não quero mais esperar para que venha o momento ideal, hoje você faz 35 anos de vida e tudo que eu mais quero é ser seu pra sempre. Juliette você aceita casar comigo?

Aquele pedido me pegou totalmente desprevenida e eu fiquei atônita.

Paulo é um homem incrível e foi o meu primeiro namorado oficial após a fama. Ele é um homem tão amoroso e romântico, um verdadeiro lorde e assim como eu ele também é advogado. Nos conhecemos no réveillon de 2023 para 2024 e estamos juntos até hoje. No início eu tive medo de assumir esse relacionamento mas depois percebi que ele era um homem tão bom que eu poderia amá-lo apesar de ter meu coração tão ferido pelo passado.

Paulo: minha rainha... Eu quero ser o seu amor. Aceite casar comigo. Nós dois já estamos na idade de termos filhos e eu desejo muito que você seja a mãe deles.

Eu realmente já estava na idade que planejei para engravidar e Paulo já tinha 40 anos e seu anseio pela paternidade por vezes até me sufocava mas eu sabia que era por ter muita vontade de construir uma família.

Paulo além de gentil, culto e educado é um homem doce, compreensivo e cheio de amor pra dá. E sem contar na sua beleza, ele é um gato. Seus cabelos já grisalhos eram um charme e sua barba bem feita era um detalhe a mais. Seu corpo esbelto e másculo davam a ele ares de um nobre, como é charmoso esse Paulo, todos o achavam o par ideal para mim e eu concordava, fazíamos sim uma boa dupla. Além de termos paixão pelo direito e pelas músicas da MPB, também tínhamos outras coisas em comum e que evitava tantos conflitos, deixando nossa relação é altamente tranquila.

Seu único defeito é na cama, mas ele é um cara que tenta me satisfazer mesmo que por tantas vezes não consiga. O fato dele não dominar a técnica de me fazer gozar sempre é algo que me deixa um pouco insatisfeita mas óbvio que eu consigo atingir o meu orgasmo pelos meus métodos mas quase nunca pelos métodos dele porém isso é o de menos, ele é um homem descente e isso importava mais que uma boa noite de sexo. Ele me dá prazer de outras formas e me adora como a quem adora a uma deusa.

Juliette: eu aceito Paulo. Aceito me casar com você.

Paulo me beijou e me abraçou me rodando no ar. Ele estava muito feliz e eu tava me acostumando com aquela ideia.

Paulo: eu te amo tanto minha rainha. Você é tudo para mim. - falou beijando a minha mão.

Juliette: você é um homem incrível e eu gosto muito de tu Paulo.

Paulo: Ju eu vou te fazer feliz e ainda desejo ouvir da sua boca que me ama. Eu sei que você me ama, óbvio, mas eu quero que saia naturalmente da sua boca.

Juliette: Paulo... Tu sabe que eu não sou romântica. Então não se prenda a isso.

Paulo: eu tô muito feliz que agora somos noivos mas eu quero tirar de ti esse semblante triste quando eu falo de amor. Porque você é o meu amor e eu preciso lhe dizer. Não é necessário que você sinta vergonha de seus sentimentos por mim. - ele falava acariciando meu rosto.

Eu nunca consegui dizer para o Paulo que o amo. Por mais que eu quisesse, é algo que não sai, e se sair, não é verdadeiro. Eu também não gosto de ouvir essas declarações escancaradas do amor dele por mim, é algo que me incomoda um pouco e eu sei que não é normal ser assim.

Mas nesse momento da minha vida prefiro me relacionar de forma prática. Nos gostamos e temos muito em comum, casaremos e teremos filhos e se Deus permitir viveremos juntos até o fim por que somos muito semelhantes e os iguais combinam muito mais que os opostos.

Quando amei de fato, amei o oposto e nunca deu certo. Então, seguir pelo caminho do semelhante funcionará melhor, mesmo que não haja amor. Na verdade o amor romântico só nos ferra e quase sempre nos faz chorar e sofrer.

A grande maioria das mulheres, desde muito jovens, sonha em casar com um homem que seja o amor da sua vida mas a realidade é tão dura que esse sonho vai sendo morto dia a dia. No fim não tem mais o amor da minha vida, mas tem o cara bacana, educado, bom filho, trabalhador honesto, gentil e inteligente e é com esse que a gente casa por que ele não é o amor da nossa vida mas é o amor que a vida nos deu.

Já dizia Fernando Teixeira de Andrade: " Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos". Eu estou em tempo de evoluir, quero construir uma vida diferente da que tenho hoje, mesmo tendo tudo eu me sinto incompleta e sei que me falta algo que ainda não tenho, desejo me tornar mãe.

Sei que quando eu tiver um filho nos braços todo o meu enorme vazio se preencherá e finalmente serei feliz. Paulo quer o mesmo que eu e com certeza teremos uma família feliz. Não tenho dúvidas do quanto ele será um pai incrível e atencioso então só nos resta caminhar juntos em busca disso. E o quê ainda resta para ser curado em mim, o tempo se encarregará de curar.

Enquete da história: vocês acham que o tempo cura tudo mesmo? Dêem sua opinião sincera. 😉

Opostos que se atraem Onde histórias criam vida. Descubra agora